Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Avanços e Riscos de Retrocesso nas Questões Climáticas

21 de setembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

clip_image001Todos sabem que neste ano decisões importantes terão que ser tomadas por todos os países nas reuniões que serão promovidas pelas Nações Unidas em Paris no final do ano, a fim de assumir compromissos com metas claras como mecanismos para viabilizá-las, cuja consciência está bastante madura, mas as dificuldades econômicas e financeiras aumentaram os riscos que podem inibir os governantes atuais.

O alemão (nascido no Brasil) Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA – Programa das Nações Unidas sobre o meio ambiente

As dramáticas irregularidades climáticas que aumentaram em todo o mundo neste ano aceleraram a consciência de todos sobre a necessidade de metas claras e os meios de se chegar a elas pelos diversos países são indispensáveis. Mas as atuais dificuldades econômicas e financeiras dificultam os dirigentes de muitos países a assumirem suas responsabilidades, pois as empresas e contribuintes estão avessos a sacrifícios adicionais pelo bem comum no futuro.

Em uma entrevista com Daniela Chiaretti, do Valor Econômico, Achim Steiner, com um currículo internacional importante, mostra a sua esperança, ainda que, de forma realista, admita também as dificuldades. Ele tem uma longa experiência em países como a China e a Índia que, ao lado dos Estados Unidos, procuram desenvolver programas de energias alternativas menos poluentes, como as solar e eólica, evitando as que utilizam derivados de petróleo.

Ele entende que o mundo enfrenta uma contradição, com elevadas disponibilidade de trilhões de dólares com recursos no sistema bancário que procuram projetos de boa qualidade que ainda não estão sendo investidos em energia limpa. Ainda que já se conte com 50% de gerações não poluentes nas matrizes energéticas.

Países como a China e a Índia estão adotando programas ousados para estas captações, o que, mesmo com boa vontade, não está sendo feito no Brasil na economia verde. Mesmo com os problemas de crescimento que se observa em várias partes do mundo, ele é otimista e ao mesmo tempo realista, esperando que indicações importantes possam ser traçados para o futuro.

Sua sólida formação acadêmica ao lado da vasta experiência em projetos do setor o qualifica a exercer um papel fundamental no sentido de que as decisões sejam promissoras nas próximas reuniões, em que pesem as dificuldades existentes.

O que se espera é que as autoridades assumam suas responsabilidades ainda que devam ser executadas pelos futuros dirigentes, pois a maioria dos projetos e metas se refere a 2030 e 2050, ainda que existam resistências de empresários ligados com atividades poluentes, com a produção de petróleo e tecnologias de transportes poluentes. Espera-se que a dramaticidade das irregularidades climáticas orientem as populações a pressionarem por avanços significativos neste setor de ambientes sustentáveis.



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