Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Pragmatismo dos Trabalhadores na Crise

13 de outubro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um artigo de Camilia Veras Mota foi publicado no Valor Econômico informando que estão se multiplicando os acordos entre empregados e empregadores visando a preservação do emprego, mesmo com a redução de salários e jornadas.

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Quadro dos acordos constante do artigo do Valor Econômico

O artigo informa que até o início deste mês de outubro tinham sido catalogados no Ministério do Trabalho e Emprego 111 acordos, sendo que 71 foram de empresas do setor metalúrgico, que tem sido historicamente os pioneiros nas inovações dos entendimentos entre empregados e empregadores. Estão dentro do Programa de Proteção ao Emprego, criando estímulos fiscais para estas negociações.

Suportado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, o programa banca metade das reduções dos salários e, como existem muitas exigências burocráticas das empresas que já estão à beira da falência, cabem aperfeiçoamentos ajustadas à atual realidade.

Os empregados de uma empresa conhecem mais de perto as condições pela qual ela está passando e, para preservar seus empregos, preferem abrir mão de parte dos seus direitos na esperança de sua recuperação. Isto tem sido proposto de forma mais ampla para o governo, que ainda imagina poder manter o nível de emprego de toda a economia, até com a sua recuperação. Muitos dirigentes sindicais, por terem seus empregos assegurados durante os seus mandatos, muitas vezes procuram ganhos que não são compatíveis com a realidade.

Na realidade, em muitos países, os sindicatos ficam restritos aos funcionários de uma empresa, podendo fazer acordos de recíproco interesse, que pouco tem a ver com os acontecimentos na economia como um todo, pois as situações das empresas diferem umas das outras.

São aprendizados que vão permitindo aperfeiçoamentos, e algumas vezes dirigentes sindicais possuem pretensões mais amplas, inclusive de recursos proporcionados pelo governo ou carreiras próprias na política, pouco tendo de comum com os empregados de uma empresa específica.

As dificuldades, como as que estão sendo enfrentadas, no Brasil como em muitos outros países acabam sendo conselheiras para a defesa dos verdadeiros interesses dos empregados.



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