Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Rápidas Mudanças que Estão Ocorrendo nas Empresas

23 de outubro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Os artigos do The Economist da próxima semana procuram informar sobre as profundas e dinâmicas mudanças que estão ocorrendo no mercado, entre gestores de empresas, as ideias brilhantes de algumas starups e os relacionamentos com os investidores geralmente representados por muitos fundos de investimentos. Seria uma espécie de reformas das empresas para a atual versão do capitalismo.

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A capa da nova edição do The Economist, concentrado na reinvenção das empresas, dentro do novo capitalismo

O assunto envolve para os mais conservadores alguns aspectos que parecem virtuais e mágicos, pois ocorrem com astronômicas cotações que algumas ações obtêm no mercado, baseados nas perspectivas de boas ideias. No entanto, ainda não contam com experiências de produção e resultados concretos, grupos de gestores consolidados numa equipe e informações espalhadas pelos meios eletrônicos, sem ativos reais. Como suas ações chegam a ser avaliadas em cifras astronômicas, podem também sofrer quedas bruscas, sem avaliação dos riscos, ainda que tenham os seus méritos. Estão reinventando o que seria uma empresa.

As empresas cotadas nas bolsas depois de um século de bom funcionamento estão mostrando os seus desgastes. Nas novas empresas, o relacionamento entre os acionistas e a responsabilidade dos gestores é direta. Fundadores, funcionários e apoiadores exercem os controles diretamente, o que pode gerar uma nova forma como trabalham as empresas.

Muitos gestores acabaram se interessando mais pelos seus benefícios, pois na década dos anos oitenta se estimulou os gestores pensarem como os proprietários. Deve-se entender que também existe um corporativismo com grupos disputando poder nas empresas. Os fundos de investimentos nem sempre possuem condições para a adequada avaliação dos gestores, notadamente nas decisões entre os resultados de curto e longo prazo. Mesmo auxiliadas por empresas de auditorias que não têm atendido suas finalidades. As transparências desejadas das informações não são ainda adequadas.

Alguns escândalos ocorridos exigiram alterações que ainda não são perfeitas nas regulamentações das atuações das empresas, mas também não deve haver excessos de burocracias. O fato objetivo é que as empresas listadas na Bolsa nos Estados Unidos caíram para a metade do que eram.

Em alguns casos, as empresas familiares aumentaram a sua importância como uma alternativa. Mas as novas empresas estão baseadas nas starups, com poucos funcionários e elevadas tecnologias, sabendo-se quem são os seus criadores, enfrentando os desafios de suas continuidades mesmo sem a presença dos seus criadores. Inovam sempre suas formas de atuação, contratando serviços de terceiros, conseguindo resultados fabulosos. Mas é preciso constatar se não se tratar somente de brilhos rápidos de poucos geniosos criadores, como se fossem atividades descartáveis.

Nas indústrias pesadas, as empresas tradicionais continuam contando com o seu papel. O artigo do The Economist expressa a sua confiança que estes novos modelos chegaram para ficar, mesmo com o fracasso de algumas empresas. Espera-se que estas iniciativas não sejam dominadas pelos especuladores.



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