Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Adaptações na Construção Naval Japonesa

18 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Empresas de construção naval como Kawasaki Heavy e a Tsuneishi estão se instalando na China, pois os custos dos recursos humanos no Japão não permitem a sua competitividade.

Foto constante do artigo publicado no Nikkei Asian Review, informando sobre as atividades da Kawasaki Heary na China

O artigo escrito por Yuta Takagi informa que a Kawasaki Heavy está procurando manter seus recursos humanos na joint venture que mantém com a Nantong Cosco na China visando criar novos engenheiros para suas atividades. Também a Tsuneishi de Hiroshima está confiando mais pesadamente na sua subsidiária que mantém em Xangai.

Estas indústrias pesadas dependem das suas performances ao longo prazo, onde os mercados como os custos de produção vão variando, sendo que no Japão elas se tornam cada vez menos competitivas. As que já estão instaladas na China com subsidiárias ou joint ventures procuram aproveitar os recursos humanos naquele país, preparando novas para atender as necessidades de suas potenciais encomendas com um horizonte de prazo longo.

As que vieram se instalar no Brasil visando as encomendas do pré-sal acabaram complicadas com a atual situação da Petrobras e da produção local de petróleo. Como atuam em diversos países no mundo, procuram onde existem demandas e contam com perspectivas onde os recursos humanos são competitivos, ainda que tenham que os desenvolvê-los.

A Cosco, sócia da Kawasaki Heavy, entregou 18 navios graneleiros e outros para atuar no rio Yangtse, enquanto no Japão a Kawasaki Heavy entregou dois navios. Operários especializados na China já estão mais habilitados dos que os japoneses, que continuam treinando chineses no Japão para transferir tecnologias.

No caso da Tsuneishi informa-se que operários chineses contam com algumas tecnologias aproveitadas no Japão. Mesmo os projetos de novos navios contam com o trabalho dos chineses, e estão reduzindo os custos de suas produções. As empresas de construção naval no Japão estão encerrando suas atividades por não serem capazes de competir com chineses e coreanos.

As empresas acabam necessitando comportar-se como multinacionais, localizando suas produções nos locais onde continuam competitivas, pois estas mudanças continuarão ocorrendo, uma vez que os salários chineses também já estão subindo.



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