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Discurso de Dilma Rousseff na Abertura da COP 21 em Paris

30 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , , , ,

clip_image002Dilma Rousseff esclareceu a posição brasileira na COP 21 realizada em Paris, na presença de 150 chefes de Estado, em favor de um acordo legalmente vinculante, ainda que diferenciando a responsabilidade dos países desenvolvidos e emergentes.

Presidente Dilma Rousseff falando na sessão de abertura da COP 21, em Paris

Os pontos relevantes do Brasil para a Conferência sobre o Clima realizado em Paris é que o acordo necessita ser vinculante, ou seja, obrigar os países membros a cumprirem os compromissos assumidos. Ela reconhece que o Brasil está sendo afetado pelo El Niño neste ano de forma drástica, com seca no Nordeste e excesso de chuvas no Sul. Mencionou o problema que vem ocorrendo na bacia do Rio Doce.

Dilma Rousseff atribui os problemas climáticos à ação dos homens e solicita o engajamento dos líderes para uma luta comum contra um problema que afeta a todos. O compromisso será para estabelecer o limite de aumento de 2ºC neste século, com um acordo vinculante obrigando todos a cumpri-lo.

Diferencia a responsabilidade entre os países desenvolvidos e pobres, perseguindo-se a redução da desigualdade, com metas quinquenais com revisões. Informa que o desmatamento da Amazônia reduziu-se em 80% numa década. O Brasil atende a todos os requisitos para receber ajudas no processo do seu controle, como o acordo estabelecido com a Noruega.

O Brasil se compromete a reduzir em 43% as emissões poluentes até 2030, comparado com os dados de 2005. A partir daí, o desmatamento ilegal na Amazônia será zero e 12 milhões de hectares serão reflorestados, bem como 15 milhões de hectares de pastagens. As fontes de energia renováveis devem chegar a 45% em 2030.

Para a descarbonização da economia brasileira será imperativo a erradicação da pobreza, com o envolvimento dos governos locais, da sociedade civil, das empresas e das academias. As populações rurais e indígenas serão envolvidas.

Ela expressou que Paris, onde ocorreram muitas inovações para a humanidade, é um local adequado para estas decisões, e os brasileiros estão solidários com os franceses pelos atentados que sofreram.

Os especialistas afirmam que o engajamento do Brasil é estratégico, pois pode incentivar outros países emergentes a adotarem a mesma postura ousada.



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