Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Esforços Para Compreender as Essências das Coisas

2 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

imageUm artigo publicado Aleisha Riboldi no Japan Today informa que os documentários elaborados pelo cineasta Hayao Miyazaki exploram a essência da humanidade, ainda que seja difícil compreender exatamente o significado disso. Supõe-se que temos a tendência de confundir muitos aspectos materiais que nos separam do que somos realmente como seres humanos.

Hayao Miyazaki usa desenhos para ressaltar as essências do humanismo

Parecem que faz parte destas tentativas os esforços efetuados para se conhecer o que realmente reflete o essencial da cultura japonesa, como o que Erina Ito escreveu para o Asahi Shimbun, quando ela se refere a outros documentários como os elaborados por Kaoro Ishii, que recentemente procurou informar sobre as formas tradicionais da elaboração do saquê, a bebida símbolo do Japão. Ele já apresentou também a elaboração tradicional do sal naquele país, tentando expressar o que seria essencial na cultura japonesa contidas na elaboração de produtos fundamentais para os japoneses.

Isto parece relevante, quando se verifica em todo o mundo a reprodução de eventos como o halloween que, apesar de ser importante para os norte-americanos, pouco tem a ver com muitos países como o Japão ou o Brasil, sendo uma mera cópia do que ocorre historicamente nos Estados Unidos. Fica difícil entender o significado do uso das abóboras que pouco tem com a realidade destes países, como o Natal comemorado com neve. Quando por mera conveniência comercial muitos eventos acabam sendo macaqueados, parece estarmos perdendo a essência de nossas culturas, decorrentes das nossas tradições. Também deixamos, um pouco, de ser humanos para sermos quase robôs.

No atual processo de globalização, existem produtos universais, mas parece relevante que as características nacionais ou regionais sejam valorizadas, pois são aspectos a nos diferenciar de outros povos. Parece que precisamos ser críticos com todas as generalizações, sempre existindo os que nos enriquecem, mas devemos procurar manter as nossas identidades.

Que é difícil manter um razoável equilíbrio parece evidente diante da rápida disseminação das informações pelo mundo, mas devemos procurar nossos enriquecimentos culturais incorporando hábitos e comportamentos que nos enriquecem, mas sem a perda de nossas tradições culturais, notadamente das características que nos distinguem por sermos dotados de um mínimo de inteligência.



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