Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mundo Globalizado Que Não Pode Ser Dividido em Blocos

4 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Os ministros de Defesa dos países do ASEAN – Associação dos Países do Sudeste Asiático, contando também com a participação dos Estados Unidos, da China, do Japão e da Austrália, não chegaram a um consenso na declaração conjunta, conforme anunciado pelo ministro da Malásia, Hishammuddin Hussei.

Ministros da Defesa do ASEAN e dos Estados Unidos, China, Japão e Austrália não conseguiram um consenso na declaração conjunta, impedindo isolar a China no Mar Sul da China

Mesmo os países membros do ASEAN – Associação dos Países do Sudeste Asiático, os mais interessados na estabilidade da rota marítima que passa pela região, não são favoráveis ao isolamento da China, caracterizando blocos aliados dos Estados Unidos e da China. A reunião dos ministros foi realizada em Kuala Lumpur, capital da Malásia.

O ministro da Malásia afirmou que um pedaço de papel não vai resolver o problema na região. Informou a sua posição que é de construir um clima de confiança mútua para manter a paz, a estabilidade e a segurança na região.

Os chineses possuem interesse na segurança da rota pela qual passa 80 por cento do seu abastecimento, e com o programa da Rota da Seda pelo mar procura estimular o desenvolvimento da infraestrutura da região, oferecendo recursos como do AIIB – Asian Infrastructure Invesment, que muitos países da região têm interesse.

O valor das mercadorias que transitam pelo Mar Sul da China chega a ser estimado anualmente em US$ 5 trilhões e a captura de peixe frutos do mar chega a ser de um décimo do mundo. Existem vozes que não desejam países de fora da região patrulhando a área, ficando nos limites internacionais.

Os países da região estão sob pressões dos dois blocos mundiais, mas seus interesses são no sentido de uma forma de convivência, sem que se excluam os interesses dos diversos países. Tudo indica que assuntos sensíveis desta natureza necessitam da participação de todos, não havendo mais possibilidade de ficarem restritos a poucos países, que estão perdendo a possibilidade de tentar policiar o mundo.



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