Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Necessidade de Ajustamentos Externos do Japão

23 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image001Este site já informou que os japoneses possuem a tecnologia mais avançada nos trens rápidos, mas suas sofisticações e custos acabam fazendo com que muitos países acabem preferindo os chineses, mais modestos e baratos.

Sofisticados Shinkanzen japoneses de elevado custo

Os japoneses, sem dúvida alguma, possuem as tecnologias mais avançadas para os trens rápidos, que não apresentam acidentes ao longo de sua história. Agora evoluem para o sistema monoleve que levita, proporcionado uma estabilidade, velocidade e conforto incomparável. Ele está sendo construído entre Tóquio e Nagoya, na sua primeira fase.

Mas, para muitos países que devem adotar sistemas de trem rápido, isto acaba sendo exageradamente sofisticado e de elevado custo. Os japoneses estão perdendo projetos para os chineses que, com tecnologias menos avançadas, apresentam custo mais baixos. A intensidade do seu uso não é tão concentrada como no Japão, um arquipélago com muitas grandes cidades, o que não é tão usual em outros países.

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Trem de alta velocidade dos chineses, de custo mais baixo, ainda não tão sofisticado como o dos japoneses

Os chineses acabam implantando no seu país uma extensa rede de trens rápidos e estão ganhando algumas encomendas do exterior, como da Indonésia, pois são mais baratos, mesmo não sendo tão velozes e sem um longo histórico sem desastres. A dimensão chinesa e sua elevada população acabam fazendo com que suas tecnologias sejam competitivas, inclusive com relação aos europeus.

A reclamação de Shinzo Abe ao presidente Jokowi Widodo na reunião em Kuala Lumpur, por ocasião da reunião do ASEAN, parece descabida. O que os japoneses não conseguem é elaborar uma alternativa mais competitiva, insistindo agora com o fornecimento de financiamentos para a infraestrutura com juros baixos e prazos generosos. Os produtos oferecidos para os países emergentes necessitam estar ajustados às demandas locais, que não contam com tantos passageiros para distâncias médias, com custos mais baixos.

Os japoneses continuam depositando esperanças nas demandas norte-americanas, como na Califórnia e no Texas, mas no mundo dos negócios privados nem sempre as alianças políticas do Japão com os Estados Unidos podem determinar suas escolhas.



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