Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ousado Plano de Cinco Anos da China

3 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002No mundo conturbado em que vivemos, a China propõe um ousado plano de crescimento que objetiva um crescimento de 6,5% ao ano de 2016 a 2020, que é bastante elevado.

Foto do plenário do 18º Comitê Central do CPC, que aprovou a proposta do próximo Plano Quinquenal (2016-2020), constando do artigo do China Daily

O presidente Xi Jinping afirmou que para dobrar a renda per capita da China até 2020, o próximo Plano Quinquenal (2016-2020) deve perseguir um crescimento médio anual de 6,5% mundial ao ano, bastante ousado dentro do atual quadro mundial. Todos sabem que, dentro do procedimento chinês, o plano já está aprovado, mas ainda deverá ser confirmado no início do próximo ano pela Assembleia Geral naquele país.

O Plano persegue não somente um ritmo de desenvolvimento, como do seu volume com a melhoria da qualidade do crescimento, abrangendo tanto o setor urbano como rural. Ele deve consolidar a política anticorrupção, com a disciplina do Partido Comunista. Deve reduzir a pobreza no país, estimulando o apoio financeiro às áreas empobrecidas, visando beneficiar 70,17 milhões de chineses notadamente nas áreas rurais.

O Plano visa reduzir a disparidade de renda entre os chineses, o que é sempre difícil num desenvolvimento acelerado. Deve promover uma reforma financeira, visando a inserção do remmembi como incluso na cesta do FMI para os Direitos Especiais de Saque, promovendo a liberalização das contas de capital e sua internacionalização.

A China continuará a liberalizar a sua economia para atrair o investimento estrangeiro e encorajar as empresas chinesas para investimentos no exterior. Pretende abrir os investimentos nas áreas onde ainda existem monopólios naturais. Para tanto, abrirá para empresas privadas competitivas setores como petróleo, gás natural, eletricidade, telecomunicações, transporte e serviço público. Há uma intenção de reduzir a presença das estatais nestes segmentos.

As zonas costeiras mais avançadas devem participar da cooperação econômica global, avançando também para as zonas especiais como as localizadas nas fronteiras do interior.

A China pretende utilizar o comércio exterior para estender-se para a economia global, empregando modelos inovadores, inclusive na produção de equipamentos e serviços. Revela uma forte disposição de utilizar os mecanismos já existentes nas economias ocidentais mais avançadas.

Como manterá ainda, neste cenário econômico, um regime politicamente centralizado é uma questão que permitirá amplas discussões internacionais.



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