Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Viramos Freguês da Nigéria

2 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001Não aprendemos as lições do famoso 7 a 1 para a Alemanha da última Copa do Mundo, pois continuamos improvisando na base do nosso futebol, com dirigentes travestidos que se iludem com vitórias nos treinos e não possuem uma visão estratégica de longo prazo.

Seleção sub-17 novamente derrotada pela Nigéria por 3 a 0

O Brasil continua insistindo com o técnico Dunga, que foi um violento volante e nunca tinha dirigido uma equipe profissional de futebol. Está aprendendo o papel de técnico na seleção principal e é também o responsável pelas categorias inferiores, que devem formar os jogadores dos próximos anos. Sua equipe parece ter experiência apenas na transação de jogadores, aparentemente um negócio rentável, mas que em nada ajuda a estabelecer uma estratégia para a recuperação do futebol brasileiro.

Alega-se que tem colecionado vitórias em jogos treinos. Em futebol, existe o famoso ditado: treino é treino, jogo é jogo. Não existe uma equipe básica nem um padrão de jogo, que já vem sendo cultivado por muitas outras seleções, inclusive latino-americanas com as quais temos sofrido.

Já ficou claro que não podemos depender somente do Neymar Junior, Ele pode se contundir – rezamos para não acontecer – ou ser punido como estava até agora. Alega-se que estamos ainda no início da fase eliminatória para a próxima Copa, que demandará ainda muito tempo. Os veteranos ainda convocados não podem ser considerados para os próximos anos, e a seleção brasileira necessitará de reposições que em muitos casos estão nas seleções de base, que não estão conseguindo resultados convincentes.

Não parece haver uma estratégica clara para a preparação a longo prazo neste esporte, que ainda é a principal alegria do povo brasileiro. Está ficando claro que muitos jogadores que se destacam nas principais equipes mundo afora não constituem uma base para a seleção principal, pois jogam eventualmente juntos.

Não se sabe até agora qual a característica marcante do atual futebol brasileiro. Aparenta ser um improviso dependente da eventual genialidade de alguns poucos sem se consiguir uma média estável com uma estratégica definida, com um padrão claro.

Dentro de muitas dificuldades que parecem atingir a população brasileira nos próximos anos, o Brasil não tem o direito de submetê-la a mais este sofrimento com seu futebol. Há que se fazer um esforço de uma verdadeira reformulação.



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