Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Lançamento do Livro O Monge e o Touro

3 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

clip_image002A monja Coen Rôshi, nascida em São Paulo, jornalista, com ordenação monástica na Califórnia, USA, e no Mosteiro Feminino de Nagoia, Japão, tem o dom da simplicidade e da capacidade de transmitir delicadamente os conhecimentos fundamentais do zen budismo de forma clara para os leigos. Como faz nesta nova publicação singela, mas preciosa da Companhia Editora Nacional, 2015, com gravuras históricas do mestre Kakuan Shion Zenji (século XII) e inspiradas ilustrações de Fernando Zenshô.

Capa do pequeno livro, editado pela Companhia Editora Nacional, 2015

O jornalista Heródoto Barbeiro explica que esta história tem servido de guia a praticantes e mestres do zen-budismo e a monja Coen Rôshi procurou traduzi-la de forma compreensível ao publico brasileiro contemporâneo, como pode ser conferido por uma leitura desta publicação.

O touro representa nossa bestialidade e que precisa ser domado e as pistas são indicadas pelo mestre Kakuan Shion Zenji, servindo para os praticantes de outras tradições espirituais. Os comentários da monja Coen Rôshi mostram que o caminho está aberto para todos que desejam percorrê-lo.

Tudo, nesta versão, é feito em dez estágios do aprendizado. O primeiro é procurar o touro, ver as suas pegadas, ver o touro, pegar o touro, domar o touro, vir para casa nas costas do touro, o touro esquecido – o ser humano só, o touro e o ser humano desaparecem, retornar a origem – de volta à fonte, entrar na cidade com as mãos abertas. O processo de aperfeiçoamento volta ao primeiro estágio novamente, com um nível de conhecimento sempre mais aperfeiçoado, e de forma contínua.

No posfácio, a monja Coen Rôshi explica como começou o projeto da publicação, com os desenhos que lhe foram apresentados por Fernando Zenshô. Na nota ao leitor, ela explica a relevância dos dez desenhos de domar o touro, que ilustram o desenvolvimento espiritual de um praticante. Ela explica que existem outras coleções que diferem um pouco uma das outras e a mais divulgada e conhecida é esta.

Cada passo deve reabrir para o praticante as questões fundamentais, e com fé, determinação e perseverança pode se chegar ao fim da jornada do Caminho da Iluminação. É uma jornada sem atalhos, onde desvios que não nos levam à essência de nós mesmos.

Segundo ela, este é o caminho para a transformação de uma sociedade violenta em uma verdadeira irmandade de respeito e harmonia entre os seres humanos no cultivo de uma cultura da paz, de não violência ativa, de que tanto precisamos hoje.



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