Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ajustamento do Yuan Chinês Perante do Dólar

7 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Entendendo que China Daily é um jornal oficial chinês que costuma refletir o pensamento das autoridades daquele país, a notícia publicada informando que o Yuan chinês pode desvalorizar 15% parece uma informação a ser considerada.

Yuan chinês variou pouco com relação ao dólar norte-americano, mas há possibilidade que, além da margem atual, as autoridades chinesas acabem desvalorizando para tentar revolver seus problemas

São muitas as notícias sobre as dificuldades chinesas para uma simples desaceleração do crescimento de sua economia, com problemas de fluxos financeiros difíceis de serem controlados, ao lado de uma exportação sem o dinamismo do passado. Como o Yuan esteve muito vinculado às variações do dólar norte-americano, com pequenas flexibilidades atuais, pode ser que a notícia esteja antecipando a possibilidade de uma grande mudança, que, mesmo ajudando a economia chinesa, pode desencadear uma guerra cambial.

Sempre é muito difícil, mesmo numa economia onde muitas das decisões são centralizadas, como na China, que a desaceleração de seu crescimento seja controlado, principalmente quando as autoridades informam que procuram utilizar as indicações do mercado. As tentativas até agora só provocaram mais flutuações violentas, como as que ocorrem no mercado de capitais, exigindo fortes intervenções governamentais.

A notícia não dá prazo nem outras indicações, mas parece sondagens, o que vai provocar efeitos nos mercados onde os chineses possuem grandes influências, precipitando estas mudanças de patamar. As menções são atribuidas a Lu Zhengwai, economista chefe do Industrial Bank da China, e teria sido dado ao Shanghai Securities News.

O cambio atual estaria em 6.6649 por dólar, e poderia chegar ao nível de 7.3, pois as pequenas flexibilidades do People´s Bank of China são estão proporcionando os efeitos esperados. A dificuldade será uma espécie de guerra cambial, que o Brasil também terá de acompanhar, acelerando ainda mais a sua desvalorização do câmbio.

O mínimo que se pode esperar é o aumento das flutuações, já numa economia mundial cheia de problemas, sempre aumentando as incertezas para todo o mundo.



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