Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Complexidade da Política Externa Chinesa

16 de fevereiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002 Fu Xing é a presidente da Comissão do Congresso Nacional do Povo da República Popular da China para Assuntos Externos e vice-presidente convidada da China para o Internacional Economic Exchange e publicou seu artigo no Foreign Affairs. A complexidade da política externa chinesa é tamanha que há dificuldade para a clara compreensão dela, com todas as suas nuances.

Fu Ying, chair of the Foreign Affairs Committee of the National People’s Congress of the People’s Republic of China

Mesmo quando Fu Ying explica num artigo no Foreign Affairs a política externa da China, devido sua complexidade, ela apresenta dificuldades para o entendimento claro no que consiste. Acaba dando a impressão que se pretende manter um bom relacionamento com os Estados Unidos e com a Rússia, assim como dá prioridade para os seus vizinhos asiáticos. Acaba dando a impressão que se trata de equilibrar numa linha, na procura dos seus interesses.

Ela expressa que muitos ocidentais pressupõem que o entendimento da China com a Rússia seria um casamento de conveniência, depois do término da Guerra Fria, apresentando problemas como da Síria e da Ucrânia, elevando as tensões de Beijing com Moscou, mas que isto não aconteceu. A Rússia continua uma grande fornecedora de gás bem como armamentos para a China, que procura não se imiscuir em problemas difíceis dos russos. Existiriam laços históricos com a Rússia que os unem.

De forma semelhante, também vem havendo longas reuniões diretas de Xi Jinping com Barack Obama, pois as relações entre estas duas maiores nações do mundo são importantes e acabam influenciando nos relacionamentos com outros países. Sempre existem diferenças, mas também não se forçaria que outros tenham que adotar posições semelhantes. Os volumes dos seus comércios bilaterais continuam crescendo.

Outros países também participam dos projetos chineses, como a nova Rota da Seda e seus instrumentos bancários. Também estão ocorrendo exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos com a China visando um aumento de segurança internacional, apesar das diferenças nos seus enfoques.

A posição que ela coloca no artigo aparenta a procura da paz, sem exigir dos outros parceiros o que não podem assumir. O que ela expressa é que pode haver entendimentos que proporcionam vantagens para todas as partes, sem que se caminhe para confrontos. Evidentemente, conflitos entre grandes potências seriam desastrosas para o mundo.

Como manter todo este equilíbrio sem conflitos com nenhuma das partes parece uma tarefa que exige uma diplomacia de alto nível, na qual os chineses tem se saído bem, sem que se criem tensões desnecessárias para o mundo.



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