Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Lança suas Dúvidas sobre Xi Jinping

1 de abril de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

imageDiversos órgãos importantes de imprensa do mundo estão começando a divulgar suas preocupações com o excesso de concentração do poder de Xi Jinping. Com as dificuldades que começam a surgir, críticas ao seu comportamento acabam sendo coibidos, desconfiando-se que o processo conduza à maior concentração do poder, como ninguém teve naquele país.

Capa do novo número do The Economist

Muitos veículos de comunicação social, notadamente da Ásia, vêm aumentando seus artigos sobre o excesso de poder de Xi Jinping na China. The Economist publica seus artigos de capa, mostrando que ninguém naquele país concentra tanto poder, sendo que Xi Jinping aparece como o CEO de tudo, da política, da economia e do poder militar, alertando sobre os indícios de um culto de personalidade a ele e sua esposa entre as crianças.

Não há dúvidas que ele promoveu uma guerra à corrupção, atingindo inclusive membros importantes das principais facções que existem naquele país, como seus antecessores Hu Jintao e Jiang Zemin. Nem mesmo Deng Xiaoping teve tanto poder como ele, aproximando-se de Mao Zedong.

O preocupante é que as dificuldades que enfrenta na China, tanto com a desaceleração do crescimento de sua economia, tentativa de aumentar a importância de sua Bolsa de Valores, como promover o yuan como uma moeda internacional acabam apresentando problemas, e os que criticam algumas de suas posições acabam sofrendo restrições, a ponto de evitarem continuar com suas criticas que tinham sido inicialmente estimuladas.

No fundo, ainda que pretenda utilizar mais as sinalizações do mercado, na medida em que não consegue seu objetivo, acaba tomando medidas que são interpretadas como intervencionistas pelos seus críticos. O poder militar acaba ficando expresso sobre a forte presença do país no Mar Sul da China.

Ninguém ignora que administrar um país tão complexo como a China não é fácil, mas todos os sinais são no sentido de uma maior centralização do poder. Mesmo Li Keqiang, o primeiro-ministro acaba sendo ofuscado pela figura de Xi Jinping.



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