Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Discussão Entre Chineses Sobre Política Econômica

25 de maio de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Yu Yongding (foto) é um experiente profissional chinês que já ocupou cargos importantes na China e no exterior, e escreve um artigo no Project Syndicate mostrando sua discordância com a atual política econômica visando reduzir o impacto da desaceleração do crescimento naquela economia.

A desaceleração do crescimento econômico na China cria muitos problemas e posições diferentes estão sendo expostas por especialistas que divergem até das orientações oficiais. As autoridades estão propondo reformas para aumentar a oferta interna, mas existem vozes como o de Yu Yongding que imaginam ser necessário resolver problemas de longo prazo e os mais imediatos simultaneamente.

Ele considera que os de longo prazo apresentam retornos decrescentes de escala, aumentando a diferença de distribuição de renda, reduzindo a disparidade tecnológica com a imitação do que acontece no exterior. Ele entende que está se agravando as dificuldades do meio ambiente, não sendo sustentável e insuficiente para resolver os problemas chineses. Como se concentram na oferta, que está já elevada, haveria outras formas de maior eficiência. Ele entende que há necessidade de aumentar também a demanda, pois a atual política acaba sustentando algumas empresas deficitárias.

Outros entendem que os investimentos imobiliários poderiam ajudar a China, mas acabam aumentando a dívida e provocando a deflação, onde os preços ao produtor já decrescem há 51 meses, aumentando ainda mais a dívida real. Estes investimentos já tiveram importância naquele país.

Mesmo com a necessidade destes investimentos, ele entende que a forma de escapar da armadilha é crescer mais rapidamente. Ele entende que os investimentos em infraestrutura seria a opção mais confiável, pois provocaria o aumento da demanda a curto prazo e a longo prazo causaria um aumento da produtividade.

Os déficits fiscais da China poderiam ser ampliados, pois existem fortes demandas de títulos governamentais, sendo executados com recursos internos. O controle dos bancos locais é forte e uma crise financeira teria um risco baixo. Ainda que as reformas sejam perseguidas, os investimentos em infraestrutura também seriam vitais.

Observa-se é que tais discussões não estão sendo realizadas no Brasil, que não vem dando importância para as medidas que permitam a redução dos custeios da máquina estatal.



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