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Alimentação das Crianças no Brasil

23 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

clip_image002Ainda que a decisão das principais empresas de refrigerantes em não fornecerem as bebidas baseadas em adoçantes para escolas com crianças de até 12 anos de idade seja um importante reconhecimento das suas inconveniências, há necessidade de uma campanha mais ampla para ajudar na alimentação mais saudável.

A decisão da Coca-Cola, da AmBev e da Pepsi-Cola de suspenderem o fornecimento de refrigerantes açucarados nas escolas para crianças de até 12 anos deve ser saudada como positiva e corajosa

Há um reconhecimento explícito de que as crianças ainda não possuem um discernimento para escolherem bebidas mais saudáveis e estas empresas fornecerão águas minerais, sucos de frutas naturais, águas de coco e outras adequadas para suas saúdes. Os hábitos adquiridos nestas idades de até 12 anos tendem a ser mantidos ao longo de suas vidas. É evidente que existem também sucos de frutas que recebem adições de conservantes e outros produtos químicos inconvenientes, mas é um começo que deve ser aplaudido.

No entanto, há que se reconhecer a necessidade de uma campanha mais ampla nas escolas para alimentações mais saudáveis, que já ocorrem em alguns países. Evitar-se excessos de sal e de gorduras saturadas também parece de vital importância, pois as crianças recebem fortes estímulos para consumo de fast food, pipocas e um conjunto amplo de junk food. Há possibilidade de que sejam habituados ao consumo de alimentos mais saudáveis, como palitos de cenouras, de pepinos e outros vegetais e principalmente de frutas naturais, com preferência para as que não utilizaram agrotóxicos.

Este processo de mudança e aperfeiçoamento é complexo, longo e demorado, como está se observando em outros países. Exigem a mudanças dos fornecedores, dos profissionais que cuidam das preparações das refeições nas escolas e uma consciência maior dos pais e professores. Mas disseminam-se informações sobre estas tentativas e a decisão tomada pelas principais fornecedoras de refrigerantes pode ajudar neste processo educacional.

Quando se observa o que acontece também em outros estabelecimentos como cinemas, voltados para populações de mais idade, nota-se hábitos condenáveis. Nas lojas que não permitem o ingresso de outros alimentos mais saudáveis nestes locais de forma criminosa, concentram-se pipocas com excesso de açúcar e gorduras de péssimas qualidades, com odores atrativos para os incautos, além de doses gigantescas de refrigerantes simplesmente açucarados, com componentes que procuram manter o vício de seus consumos.

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                      O Brasil conta com uma grande disponibilidade de alimentos saudáveis

Com a decisão tomada, fica explícito o reconhecimento destes inconvenientes, que começam com as crianças, mas atingem toda a população. As autoridades controladoras das autorizações dos alimentos deveriam estar na vanguarda destes aperfeiçoamentos para evitar-se toda a espécie de junk food que também acaba sendo consumido em frente aostelevisões, com a complacência de pais pouco conscientes.

Toda a população brasileira já está sujeita a muitos produtos não saudáveis e um esforço para melhorar o hábito do consumo dos mais convenientes para a saúde seria importante, começando nas escolas, mas também nas residências com maior consciência dos seus responsáveis. Ajudaria a reduzir as despesas com a saúde, notadamente com o avanço da idade. Certamente, a relação custo/benefício no conjunto acabaria sendo mais interessante.



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