Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Sucesso das Lojas de Antena no Japão

28 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

imageAs lojas de antena servem para identificar oportunidades de negócios que vitalizam uma cidade ou uma província. Estão se multiplicando em grandes centros como Tóquio, Osaka e outras cidades que também recebem turistas estrangeiros.

Uma loja antena das províncias de Tottori e Okayama em Tokyo. Foto constante de um artigo no Yomiuri Shimbun

Estas lojas de antena que estão se multiplicando nas grandes cidades japonesas apresentam os produtos regionais de províncias e cidades para os consumidores nacionais, servindo também turistas estrangeiros, além de fornecer informações turísticas de partes do Japão, inclusive com panfletos em inglês. Tive muitas experiências pessoais interessantes por encontrar perto do hotel que utilizava em Tóquio produtos interessantes de Kyoto para levar como lembranças para o Brasil.

O Japão é um país que procura diferenciar as qualidades regionais, sejam de alimentos específicos da região como artesanatos. Todos procuram adquirir estes produtos que os presenteados ficam sabendo serem originários destas regiões. Há uma política oficial para estas valorizações regionais de forma a estimular o desenvolvimento local, tanto pela colocação de seus produtos no mercado nacional como também atrair turistas nacionais e estrangeiros. As autoridades locais estão arcando com os custos básicos de lojas que chegam a ter mil metros quadrados, raridades no Japão.

Este tipo de iniciativa tem sido tentado no Brasil pelo Sebrae, que identifica as vocações de algumas regiões brasileiras. Todos sabem que o sul de Minas, por exemplo, além dos muitos queijos locais, conta com muitos doces e conservas conhecidos como daquela parte do Brasil. Na região de Mogi das Cruzes, flores e produtos agrícolas já preparados domesticamente passaram a contar com aceitação, ajudando a difundir as características locais.

Na medida em que estes produtos ficam famosos, como muitos das regiões do Rio Grande do Sul ou Santa Catarina, além de atrair turistas, acabam abastecendo grandes centros como São Paulo ou Rio de Janeiro. Estes estímulos governamentais fomentam atividades privadas, que utilizam muitos recursos humanos locais. As iniciativas brasileiras ainda são limitadas, mas as potencialidades destes instrumentos parecem evidentes, dadas as diferenças regionais também existentes no Brasil.

Parece interessante os consumidores estarem interessados em produtos diferenciados e que podem ter até novas leituras. Quando se verifica que produtos nordestinos ou amazônicos como exemplos acabam tendo aceitação, fica evidente que estas iniciativas podem obter sucesso. Estas lojas que permitem identificar viabilidade econômica sempre foram chamadas de antenas.

Parece de toda a conveniência copiar o que está dando certo, com a devida adaptação, tanto nacionalmente como as experiências feitas em outros países como o Japão.



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