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Pesca e Aquicultura Brasileira

15 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Ainda que o Brasil disponha de elevadas potencialidades na produção de peixes, seja marítima ou fluvial, ainda se prende ao que já foi desenvolvido no exterior, como no caso da tilápia. Parece o momento adequado para saltos importantes no setor, que dependem das tecnologias.

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Gráfico constante do artigo publicado no Valor Econômico

Um artigo elaborado por Luiz Henrique Mendes foi publicado no Valor Econômico descrevendo a potencialidade do setor de pesca e da aquicultura no Brasil. Ainda que todos reconheçam a importância dos pescados para o fornecimento de proteínas saudáveis, contendo Omega 3, de grande importância para a saúde humana, a produção brasileira e o seu consumo ainda são modestos quando comparados com o resto do mundo. Os rios e lagos brasileiros apresentam elevadas potencialidades da aquicultura, onde 70% dos seus custos se devem às rações que são abundantes no Brasil e chegam a ser exportados como grãos para o exterior.

Nunca houve um esforço para a criação de tecnologias brasileiras para tanto, algo similar com o que foi feito pelo EMBRAPA para aproveitamento destas potencialidades. O Brasil e o mundo têm fome de pescados e existem muitas espécies que podem ser colocados no mercado interno como nas exportações. Mas para concorrer no mercado, há que se contar com sensíveis aperfeiçoamentos tecnológicos, adaptando também o que já está disponível no exterior para as condições locais.

O Brasil dispunha de muitas outras fontes de proteínas, mas as mais saudáveis como as dos pescados são poucas, com uma demanda crescente existente no mundo. Peixes que são apreciados nas culinárias internacionais precisam ser adaptados para a produção em fazendas, não dependendo somente do que é oferecido pela natureza.

Observando o que vem ocorrendo no resto do mundo, onde a criação já supera em muito a captura natural, verifica-se que os brasileiros dispõem de todas as condições, mas ainda não há um organismo que leve o assunto a sério, com uma visão de longo prazo. Parece chegada a hora de transformar a potencialidade em realidade, com custos que não necessitam ser elevados, pois muitos dos conhecimentos já estão sendo utilizados em outros países.

Parece que uma EMBRAPE – Empresa Brasileira de Pesquisa da Pesca seja uma necessidade urgente, o que pode ser feito com a gestão auxiliada pelo setor privado.



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