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Diversidade Perseguida Pelas Olimpíadas

15 de agosto de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , , | 2 Comentários »

clip_image002Nesta Olimpíada do Rio 2016, está se enfatizando que o espírito olímpico visa acelerar, entre outros objetivos, a redução da discriminação de todos os tipos. O caso da cambojana Nary Li, que chegou em último lugar na maratona feminina, é um exemplo expressivo.

A cambojana Nary Ly, de 44 anos, último lugar na maratona feminina da Olimpíada Rio 2016, na foto publicada na Folha de S.Paulo

A cambojana Nary Ly, segundo artigo publicado por Luiza Franco na Folha de S.Paulo, de 44 anos, é pós-doutorada em imunologia nos Estados Unidos e na França e chegou em último lugar na maratona feminina na Olimpíada Rio 2016, procurando derrubar muitos preconceitos que existem com as mulheres não africanas nesta difícil modalidade esportiva. É um símbolo de que estas barreiras não devem existir, consagrando o espírito olímpico com inusitada ênfase.

Nos Estados Unidos, ela fez o pós-doutorado na consagrada Escola de Medicina do Hospital Monte Sinai e tornou-se uma especialista na transmissão de vírus HIV da mãe para o feto.

Estas maratonas exigem grandes esforços e as africanas se tornaram tradicionais vencedoras em diversas competições de longas distâncias, com menos idade e normalmente de origem humilde. Ela, que já tinha sua carreira consolidada como pesquisadora científica, resolveu inovar seus desafios, surpreendendo até seus familiares. Tomou gosto pela maratona em Nova Iorque, mudando totalmente a forma de viver na preparação para a Olimpíada Rio 2016.

O artigo explica que, com os problemas políticos enfrentados por este pequeno país do Sudeste Asiático, o Camboja, ela se mudou para estudar na França e nos Estados Unidos, cursando programas pós-graduados. Qualificou-se com pesquisadora em imunologia e resolveu mudar os rumos de sua vida, interessando-se já com certa idade pela maratona.

Ela soube que em Camboja não havia maratonistas e a motivação seria a mesma de tentar mudar as coisas existentes na medicina. No Camboja, não existe estímulo para o esporte, notadamente para as mulheres. Muitas asiáticas evitam se expor ao sol para não ter a pele mais escura, que sugerem trabalho no campo. Ela espera inspirar as novas gerações de países como o seu e também ficou satisfeita com a constatação da formação de uma equipe de refugiadas como ela, quando teve que trabalhar na Cruz Vermelha.

Ela menciona que o importante não são as medalhas, mas é a luta que está estimulando. Muitas brasileiras têm muito que aprender com estes casos excepcionais, onde o espírito olímpico se torna o foco principal.


2 Comentários para “Diversidade Perseguida Pelas Olimpíadas”

  1. Viviane Cosme
    1  escreveu às 12:42 em 19 de agosto de 2016:

    Muito bom!!!

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 09:04 em 20 de agosto de 2016:

    Cara Viviane Cosme,

    Muito obrigado pelo seu comentário.

    Paulo Yokota


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