Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Dramático Custo dos Idosos em 2030

25 de agosto de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002 Estudos apresentados na Ásia para as despesas médicas com os idosos para 2030 assustam até os analistas mais conservadores. É uma tendência mundial que deve ficar clara também para os brasileiros.

Os japoneses apresentam a mais elevada expectativa de vida do mundo e os idosos asiáticos vão consumir metade das despesas de saúde de seus países

Um estudo efetuado pela MMC – Marsh & McLennan, uma empresa de consultoria de gerenciamento de riscos dos Estados Unidos, mostra que na região da Ásia do Pacífico em 2030, com o rápido envelhecimento da população e a disparada dos custos médicos, as despesas de saúde das pessoas acima de 65 anos vão chegar à astronômica cifra de US$ 2,5 trilhões, um aumento de cinco vezes ao do ano passado, consumindo metade de todas as despesas médicas da região.

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                 Tabela publicada no artigo do Nikkei Asian Review

O artigo elaborado por Tomomi Kikuchi e publicado no site do Nikkei Asian Review mostra que no Japão os idosos de mais de 65 anos chegarão a mais de 30% da população e suas despesas com saúde consumirão mais de US$ 15 mil por idoso/ano. Em Cingapura, o percentual de idosos supera a 20% e as despesas de saúde com eles a US$ 35 mil por idoso anualmente. A tendência no Brasil deve acompanhar a dos países emergentes daquela região.

O pessoal necessário para atendimento destes idosos deve aumentar em mais de 18 milhões neste período, sendo que somente a China necessitará de mais nove milhões destes profissionais. A região não conta com a infraestrutura para isso, havendo necessidade de seguro tanto em setores privados como público.

Os custos terão que ser suportados pela população ativa que, por sua vez, tendem a se reduzir em toda a região. Se os atendimentos médicos, notadamente para os idosos, já se encontram em situação precária, os problemas deverão ser agravados com a melhoria da expectativa de vida, ao mesmo tempo em que o custo da saúde continuará subindo.

Tanto as autoridades brasileiras como a população devem estar atentas a estas tendências que são inexoráveis, como muitos dados demográficos. Parece que as discussões ainda precárias exigem estudos e aprofundamentos mais sérios, não podendo ser deixados para quando os problemas se agravarem. Muitas medidas precisam ser antecipadas, pois os investimentos indispensáveis costumam ser de longa maturação quando se trata da saúde.

Nestas questões não existem milagres e nem improvisos que possam atenuar os problemas. Eles precisam ser enfrentados e quanto mais cedo forem, as soluções serão menos dolorosas.



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