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The Economist Sobre o Novo Governo de Michel Temer

2 de setembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002O número do próximo fim de semana da revista The Economist procura analisar com cuidado o impeachment de Dilma Rousseff e as possibilidades do novo governo de Michel Temer (foto). Aquela revista internacional já foi otimista com o Brasil, mas depois registrou a derrocada brasileira em suas capas. Agora, publica em dois artigos esta transição para o novo governo.

A revista The Economist registra que a queda de Dilma Rousseff se deveu à situação econômica para a qual o seu governo conduziu o Brasil, com a corrupção como da Petrobras, a recessão econômica e os quase 12 milhões de desempregados, com uma inflação perto de 10% ao ano e um juro nominal de referência de 14,25% ao ano. Michel Temer que, segundo a revista goza de prestígio, se propõe a reanimar a economia por meio de privatizações, mantendo a disciplina fiscal, animando os empresários. Mas, junto ao público, só conta com uma aprovação de 20% e seu partido, o PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro, foi aliado do PT – Partido dos Trabalhadores que tinha o comando do País.

Citando a opinião de alguns analistas, informa que se for mantida, a situação tenderia a piorar, havendo necessidades difíceis como a reforma da Previdência, além de reformas políticas e o aumento da eficiência da máquina governamental. No seu governo interino, procurou atender às classes políticas, onde os funcionários públicos têm importância, inclusive no Judiciário.

A revista considera Michel Temer mais conhecedor dos problemas brasileiros que Dilma Rousseff, tendo condições melhores para promover as reformas indispensáveis, o que resta a ser provado. A revista deposita muita confiança no seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que afirma ter ambições para a sua sucessão, não podendo ser atrapalhado pela campanha. Entende que Michel Temer, conseguindo bons resultados, aparecerá como candidato natural para a reeleição, o que ele procura negar para não criar uma competição com os que necessita contar como aliados para as mudanças.

No fundo, todos registram as esperanças de uma boa gestão de Michel Temer, reservando em somente apontar as dificuldades que precisam ser superadas. Evitam mostrar todas as limitações existentes, inclusive do ponto de vista político.



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