Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Hortaliças no Brasil

17 de outubro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002As correntes migratórias de diversas origens estrangeiras trouxeram ao Brasil, notadamente em São Paulo, diversas contribuições na área agrícola, formando o Cinturão Verde desta metrópole. Agora, novas variedades estão sendo introduzidas com sementes como da japonesa Sakata, considerada a maior produtora do mundo.

Foto da produção de sementes da Sakata no Brasil

A Sakata dispõe no Brasil de 250 sementes de cultivares e 500 tipos de flores, mas faz parte de uma cadeia internacional que iniciou suas atividades em 1913, estando neste país desde 1994, quando adquiriu a Agroflora. Um artigo publicado por Betina Barros no Valor Econômico trata do setor de hortaliças sem fazer menção direta à Sakata.

Sua cadeia mundial dispõe de muitos milhares de sementes das mais variadas origens, mas somente as que são pesquisadas, processadas e preparadas para o mercado brasileiro é que acabam sendo comercializadas e, mesmo assim, estão contribuindo para o aperfeiçoamento das atividades hortigranjeiras no país. Sua pesquisa é considerada fundamental para as suas atividades e a velocidade da introdução de novas variedades depende das preferências dos consumidores.

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Mapa das atividades da Sakata em diversas partes do mundo

As pessoas que frequentam os restaurantes como os do Japão observam a quantidade surpreendente de novas variedades de hortaliças que são lançadas continuamente no mercado, todos com sabores marcantes, muitos sem o uso de agrotóxicos. Seria interessante que muitos deles estivessem disponíveis no Brasil, mas a dimensão do mercado e sua sofisticação ainda não são suficientes para estas operações.

De qualquer forma, vem se observando que inicialmente as hortaliças e frutas adquirem uma aparência mais bonita, para depois melhorarem no seu sabor. Um exemplo é o do morango que costumava exigir muito agrotóxico e agora permite um cultivo sem os mesmos, ajudando na saúde dos consumidores.

As pesquisas são fundamentais, pois algumas variedades de plantas disponíveis na biodiversidade brasileira podem não só abastecer o mercado interno como até visar o mercado internacional. Alimentos saudáveis continuam em forte demanda no mundo, apesar da crise econômica, propiciando rendas e empregos, pois mesmo com as mecanizações estas atividades continuam mão de obra intensiva.



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