Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Há Males Que Vêm Para o Bem

10 de novembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

Entre as muitas promessas da campanha eleitoral que mesmo sendo difíceis de serem implementadas estão os aumentos das restrições para a importação de produtos do exterior pelos Estados Unidos, visando a ampliação do emprego local. No entanto, existem riscos de que sejam aplicadas, no mínimo em parte.

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Gráfico constante do artigo publicado no site da Bloomberg

Um artigo elaborado por David Roman e Enda Curran publicado no site da Bloomberg menciona diversos estudos efetuados mostrando os riscos a que estão sujeitos os maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos. O Brasil não figura entre os principais exportadores e importadores dos Estados Unidos, o que reduz os riscos de ações do novo governo Donald Trump.

A China é o principal país exportador para os Estados Unidos e corre o risco do governo Donald Trump tomar algumas medidas para a redução da importação de produtos chineses, que afetam o emprego dos norte-americanos. Também os parceiros do NAFTA – North America Free Trade Agreement, Canadá e México estão sujeitos a estes riscos, pois entre as declarações durante a campanha eleitoral, tanto da parte de Donald Trump como até da Hillary Clinton, está também de redução destas parcerias, onde o Brasil não figura.

O artigo menciona ainda um estudo efetuado pela Nomura e outras empresas mostrando que acordos como o TPP – TransPacific Partnership estão em risco, afetando muitos países da Bacia do Pacífico, asiáticos até da América Latina, onde o Brasil também não está incluído. Outros países da Europa e do Oriente Médio estariam incluídos, envolvendo parcerias em investimentos como comércios.

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Gráfico incluído no artigo publicado no site da Bloomberg

Existem outros países, notadamente do Sudeste Asiático, que, além de exportarem para os Estados Unidos, contam com muitos emigrantes trabalhando naquele país, enviando parte de suas remunerações para seus familiares que permaneceram nas regiões de suas origens. O Brasil tem algumas operações semelhantes, mas com significação limitadas no conjunto.

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Gráfico constante do artigo no site da Bloomberg

O governo brasileiro está anunciando a intenção de aumentar suas relações com os Estados Unidos, com os quais os diversos intercâmbios, mesmo sendo importantes para os brasileiros, não tinham muito significado no mundo, considerando as dimensões da economia norte-americana. Mesmo que estes riscos não se concretizem todos, a tendência de um nacionalismo e protecionismo maior em todo o mundo, principalmente com o novo governo norte-americano, indicam que os riscos brasileiros são relativamente baixos, no momento.


2 Comentários para “Há Males Que Vêm Para o Bem”

  1. Paulo
    1  escreveu às 14:39 em 11 de novembro de 2016:

    “Dois dias após a eleição de Donald Trump, o valor de mercado das empresas brasileiras na Bovespa já encolheu em mais de 125 bilhões de reais”.
    Há Males Que Vêm Para o Bem?

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 09:54 em 12 de novembro de 2016:

    Caro Paulo,

    As cotações das Bolsas tendem a ter uma volatilidade maior, acabando sendo corrigido ao longo de alguns dias. Veja o que aconteceu em Tóquio, e no Brasil onde este mercado é pouco expressivo, também haverá uma tendência para a correção, ainda que mais demorada.

    Paulo Yokota


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