Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

É Preciso Trabalhar Muito Para Tornar Sonhos em Realidade

8 de novembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Neste mundo com tantas dificuldades, o suplemento Empreendedor Social da Folha de S.Paulo acende muitas luzes no fim do túnel. Ele mostra dedicados brasileiros que se empenham na criação de soluções para ajudar a sociedade a superar muitas das suas limitações, ainda que algumas sejam singelas.

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Capa do Suplemento Empreendedor Social da Folha de S.Paulo

Quando tantos problemas enfrentados pelo Brasil e pelo mundo acabam dando uma sensação de desânimo a todos, seis finalistas da 12ª edição de 2016 do prêmio Empreendedor Social acabam trazendo uma brisa animadora, mostrando entre 145 projetos concorrentes que existem esperanças com pessoas que estão se dedicando, com suas criatividades, nas soluções de algumas dificuldades, ajudando a coletividade. Eles dedicam principalmente o seu tempo e imaginação para resolver pequenos problemas que afetam a todos, mas no conjunto se tornam relevantes.

Carlos Pereira desenvolveu um aplicativo onde pessoas, como a sua filha que ficou deficiente por falta de oxigenação do cérebro, estejam em condições de mostrar do que são capazes. É um projeto que está sendo considerado a melhor tecnologia de inclusão de pessoas com deficiência pela ONU. Originário de Recife, hoje mora em Orlando (USA), perto do Florida Hospital que fará o primeiro estudo clínico do Livox. O Livox é um aplicativo para tablets e smartphones para que pessoas com limitações se comuniquem e aprendam, com versões em inglês, espanhol, alemão e árabe.

Cláudio Spinola criou a Morada do Sol, que dissemina a prática da compostagem doméstica enquanto sua esposa multiplica o uso de fraldas modernas de pano, coisas que aparentam ser simples. Já contam com o respaldo de outros adeptos, inclusive algumas autoridades locais. São soluções simples que podem ser adotadas nas metrópoles.

Tatsuo Suzuki inspirou-se nos trabalhos de Kentaro Takaoka, criador do respiradouro anestésico para cirurgias, bem antes dos norte-americanos. Formando no ITA, fundou a Magnamed, destinado à produção de equipamentos mais baratos do que outros existentes e de uso simples como os respiradores artificiais, um respirador de transporte (Oxymag) e outro para UTI (Fleximag). Já exporta seus produtos e pretende ser a Embraer na área médica, centrando seus trabalhos na produção de equipamentos de baixo custo, menos da metade quando comparados com as das grandes multinacionais.

Nina Valentini envolve muitas empresas de varejo com o seu Arredondar, que transforma trocados que somados chegam a valores expressivos, no momento de 10 mil transações diárias em mais de 20 lojas. Uma tarefa simples, mas trabalhosa.

Lucas Corvacho e Jonas Lessa criaram a Retalhar, que produz agasalhos e cobertores para os moradores de rua, mais resistentes e aquecedores dos que os usuais, evitando descartes para o lixo de materiais. Permitem melhor visibilidade com cores chamativas para evitar acidentes, aproveitando melhor os retalhos de todos os tipos.

Michael Kapps criou o Tá.Na.Hora para dar informações para gestantes, bebês e até sobre a dengue, com informações sobre saúde sem que as mães tenham que se socorrer dos ambulatórios. São iniciativas simples que ajudam a população, sem prejudicar ninguém, exemplos que podem estimular outros a também se dedicar a trabalhos úteis para a comunidade.



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