O Mais Baixo Desemprego nos Estados Unidos em Nove Anos

4 de dezembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: 4, 6% em novembro último, eram de 10% quando Barack Obama assumiu o governo, folha de pagamento não aumenta, perspectivas positivas para o futuro | 2 Comentários »

Comparando com os dados da época em que Barack Obama assumiu seu primeiro mandato do governo dos Estados Unidos, a taxa de desemprego era de 10% e agora chegou a 4,6%, um recorde de baixa.

Gráfico publicado no site da Bloomberg, mostrando que em novembro deste ano a taxa de desemprego chegou a 4,6%, o mais baixo em nove anos

Em 2007/2008, a economia norte-americana começava a entrar em recessão que se espalhou pelo mundo, em decorrência das inadimplências dos empréstimos exagerados para a compra de imóveis. A quebra de um banco exigiu um aumento de liquidez para evitar um efeito sistêmico que espalhou seus efeitos deletérios pelo mundo. Nos dois mandatos do governo Barack Obama, o emprego veio se ampliando, chegando no mês de outubro a 4,9% para atingir o recorde de 4,6% em novembro deste ano.

No entanto, o que não permitiu a vitória dos democratas na eleição deste ano foi o nível modesto dos rendimentos decorrentes do trabalho, com os insatisfeitos em alguns Estados estratégicos eleitoralmente naquele país, com a piora da distribuição de renda, pois os milionários tiveram seus ganhos de rendimentos, principalmente os banqueiros, que na verdade foram os responsáveis pela crise no mundo.

Se o novo governo de Donald Trump, com a maioria dos republicanos no Senado e na Câmara dos Representantes, não cometer nenhum exagero, a economia norte-americana tem condições para continuar crescendo. Nos Estados Unidos, existe um sistema chamado de “check and balance”, onde o Executivo não pode fazer tudo que deseja, apesar dos discursos eleitorais radicais que foram feitos.

Se os rendimentos dos assalariados melhorarem, o que é possível com o aumento de grandes empresários no novo governo, tanto nos Estados Unidos como junto aos seus parceiros internacionais, pode haver uma melhora econômica, saindo-se do atual marasmo. Donald Trump parece disposto a acertar novos acordos internacionais, desde que permitam beneficiar os trabalhadores norte-americanos, que acabará ajudando o resto do mundo, apesar dos atuais discursos protecionistas.

No caso brasileiro, que está atualmente com elevado desemprego, se o governo começar a demonstrar um mínimo de eficiência, poderá haver uma recuperação econômica ajudada pela demanda que deverá estar se ampliando nos Estados Unidos, ainda que de forma um pouco demorada.