Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Sonhos Visionários na Rede Asia Super Grid de Energia Limpa

25 de dezembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Já registramos neste site que um contato pessoal com Masayoshi Son impressiona os interlocutores pelos seus ousados projetos de longo prazo, mas os de redes de energia limpa por toda a Ásia é certamente o tipo do projeto que necessita de visionários encontrados em diversos países.

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Mapa constante do artigo no site da Folha de S.Paulo

Em 2011, como consequência do problema de Fukushima que somou as dificuldades de um terremoto, tsunami e destruição de uma usina nuclear levou Masayoshi Son, um empresário japonês de origem coreana, a criar a Renowable Energy Institute – REI e a Asia Super Grid – ASG foi elaborada como concepção. Começando no Japão, aproveitando os ventos do Norte, imaginava-se aproveitar as condições da Mongólia e do deserto de Gobi para um sistema mais amplo.

Conseguiu-se a adesão de Liu Zhanya, ex-chairman do State Grid Co.da China – SGCC e posteriormente de Hwan-Eik Cho, presidente da Korea Eletric Power – KEPCO. Em conjunto, eles conseguiram a participação da ROSSETI – Russian Eletric Power and Grid, assinando um memorando de entendimento para elaborar o estudo de viabilidade da rede para o Nordeste da Ásia, que agora se estende por toda o continente.

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Assinatura do entendimento em Beijing, em foto do SoftBank Group

A Ásia representa cerca de 2/3 da população mundial e o Japão, a China, a Coreia do Sul e a Rússia contam com 76% da geração de sua energia e 77% do consumo, segundo o Renewable Energy World. A concepção correta é que tanto a produção como o consumo não é uniforme em toda a ampla Ásia e estabelecendo uma grande rede existem vantagens proporcionadas pelas diferenças regionais. Algo semelhante permitiu a formação do sistema de energia elétrica na região Centro-Sul do Brasil, que chega ao Paraguai como a Argentina.

Atualmente, os custos das gerações das energias eólicas e solares estão se tornando cada vez mais competitivas na Ásia dado o volume dos equipamentos produzidos bem como as redes já existentes de transmissões. Na realidade, a poluição que vem afetando o mundo força o incentivo de energias limpas. Já chegam a US$ 10,5 cents/kwh e podem ser baixadas com as produções na Mongólia e na China.

As condições técnicas podem ser atendidas e existe um esforço entre os diversos países para as facilidades políticas que não podem ser subestimadas, mas a poluição cada vez mais insuportável está forçando no sentido de haver entendimentos, como admitem acadêmicos respeitáveis de diversos países da região.



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