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As Pesquisas Científicas da China em 2016

3 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

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As publicações científicas internacionais mais rigorosas, como Science e Nature, relatam os avanços das pesquisas científicas na China, superando o que vinha sendo feito pelos Estados Unidos que, lamentavelmente, veio se atrasando com a redução das verbas destinadas a elas, bem como a diminuição da capacidade de pesquisas das principais universidades norte-americanas.

Jia Jinfeng explica como sua equipe capturou em junho de 2016 o Fermion Majorana, que protege melhor as informações, permitindo o desenvolvimento dos supercomputadores mais rápidos do mundo. Foto constante do artigo no China Daily

Muitos setores de pesquisas básicas na China se tornaram as mais importantes no mundo, pois, além das verbas providenciadas pelo governo, muitos recursos humanos treinados no exterior voltaram para o seu país de origem, contando com os recursos e condições indispensáveis para o desempenho eficiente do seu trabalho. É algo semelhante ao que os Estados Unidos fizeram durante um longo período, quando muitos cientistas de origem judaica como Albert Einstein foram trabalhar naquele país com a Europa passando por problemas como o nazismo. Lamentavelmente, os governos recentes dos norte-americanos não continuaram com os seus esforços, como os espaciais que induziam a NASA a desenvolver trabalhos relevantes em muitos setores em conjunto com grupos de acadêmicos das grandes universidades, havendo evidências que estão sendo superados pelos chineses.

O caso dos novos supercomputadores chineses é um exemplo que vem permitindo os avanços de pesquisas em variados setores com o seu emprego, como na agricultura ou na genética. Também nos novos materiais, os chineses registravam avanços em 2016.

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Lin Jing, líder do time de pesquisas sobre metal líquido da Chinese Academy of Science e Tsinghua University, em foto publicada no China Daily

Lin Jing informa que a China está se aproximando da conclusão do Terminator, que parece coisa de ficção científica onde o metal líquido abriu um novo terreno. O assunto está sendo reconhecido internacionalmente, o que permite o material “saltar” e “correr” através de vários estudos.

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Foto do robô flexível T-1000, o Terminator, constante do artigo no China Daily

No Hospital Neurológico das Forças Armadas chinesas em Tianjin completou-se com sucesso a primeira cirurgia de transplante na área de tratamento médico regenerado para curar lesões na medula espinhal, em janeiro de 2016.

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Cirurgias efetuadas usando as novas técnicas chinesas de medicina regenerativa, na foto publicada no China Daily

A regeneração celular é agora uma alternativa procurada para tratamento e em maio de 2016 os chineses obtiveram sucesso com o transplante de célula tronco de stents de colágeno nervoso em um paciente cujas pernas não podiam se mover devido a uma lesão provocada por um acidente automobilístico. Como uma das coisas mais difícil é regenerar o nervo central, a equipe chinesa abriu uma trilha nova criando o microambiente através do transplante de células tronco ou integração de fatores de crescimento. São métodos que estão sendo aperfeiçoados ao longo do tempo, com avanços na medicina regenerativa chinesa.

Parece certo que a China está recuperando sua tradição de séculos como uma das vanguardas nas inovações científicas em variados setores do conhecimento humano.


2 Comentários para “As Pesquisas Científicas da China em 2016”

  1. Diego
    1  escreveu às 19:21 em 3 de janeiro de 2017:

    Embora o número total de artigos científicos de alta qualidade da China ainda esteja longe dos Estados Unidos, o crescimento do país em publicações científicas tem sido notável. Entre 2012 e 2015 o número de artigos publicados pelos cientistas chineses cresceu 14% ao ano, em média. Os dados da OCDE registraram mais de 1,5 milhões de pesquisadores na China em 2014, apenas um pouco menos do que o número total que vivem na União Europeia. No entanto, quando ajustados para o tamanho de sua força de trabalho, os pesquisadores chineses produziram menos do que em outras regiões. Para cada 1.000 pessoas empregadas na China, dois são cientistas, em comparação com oito para cada 1.000 trabalhadores na UE.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 17:37 em 7 de janeiro de 2017:

    Caro Diego,

    Agradeço os seus comentários. Procuro acompanhar o que vem sendo escrito por revistas especializadas como Nature ou Science. Veja, por exemplo, o que foi publicado no Nature de 23 de junho de 2016, quando publicaram um balanço do Science in China, com muitos artigos. Estão avançando rapidamente, tanto pelas verbas que estão alocando, como número de instituições e pesquisadores dos mais variados campos. Devemos acompanhar o que vem acontecendo naquele país sem nenhum preconceito, na minha opinião.

    Paulo Yokota


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