Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mais Inovadores Constantes da Lista do Nikkei Asian Review

2 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

imageMesmo em lugares que parecem cosmopolitas como Hong Kong existem restrições como aos homossexuais, mas jovens inovadores procuram superar a situação. É raro um membro da realeza destacar-se pelas suas atividades nas Nações Unidas. As redes sociais permitem sucessos sem que seus responsáveis se exponham. A filantropia está caminhando para identificar possibilidades de superar suas necessidades. (Gigi Chao procura conciliar o papel de importante executiva, líder para superar o preconceito sobre a homossexualidade e atividades filantrópicas. Foto do artigo na Nikkei Asian Review)

Gigi Chao, 37 anos, é a principal herdeira do pai bilionário Cecil Chao, de Hong Kong, que atual no setor imobiliário tanto naquele país quanto na China, superando seus dois irmãos. Gigi é homossexual e não esconde seu casamento com a Sean Eav, também empresária. Ela luta para a eliminação deste preconceito em seu país, que considera mais forte do que na China. No comando da Fundação Faith in Love, criado por ela, dedica-se igualmente às atividades filantrópicas para ajudar os pobres na sua cidade. Ela é reconhecida como uma ativa jovem nas três atividades que exerce, tendo estudado arquitetura na Universidade de Manchester.

Seu pai ofereceu volumosos recursos crescentes para o homem que se casasse com sua filha, um caso que ficou famoso, mas sem o mínimo sucesso. Mesmo com esta divergência, nomeou-a sua principal herdeira, o que exige sua atuação como vice-presidente ativa na holding de Cecil.

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Gigi Chao com sua parceira Sean Eav, em foto publicada no artigo do Nikkei Asian Review

Gigi Chao é certamente um caso inusitado de uma inovadora que atua ativamente na eliminação de um preconceito em Hong Kong.

Outro caso raro de inovadora da lista do Nikkei Asian Review é o da princesa Bjarakitiyabha Mahidol, da Tailândia, conhecida como “Pa”, que vem se destacando como advogada e diplomata na ONU. Ela tem 38 anos, foi educada na Tailândia e no Reino Unido, é doutorada em direito na Universidade de Cornell e há notícias do seu casamento em breve. Ela procura desempenhar um papel “low-key”, mas com a nomeação do seu pai como imperador (passado o período de luto pela morte do anterior), mesmo sombra ela deva ter uma importância relevante. Aprecia atividades físicas como o do ciclismo, muito popular na Tailândia, gozando de boa imagem pública.

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Princesa Bakrakitiyabha Mahidol falando na ONU, em foto do artigo no Nikkei Asian Review

Além do seu perfil de alta reputação entre os membros da família imperial da Tailândia, atuou como diplomata do seu país, tendo conseguido um bom desempenho como presidente da Comissão de Prevenção do Crime e Justiça Criminal da ONU, tendo sido representante permanente da Tailândia em Viena.

Fundou a Fundação Princesa Pa para ajudar as vítimas de inundações e desastres naturais, ajuda as mulheres presas com seus filhos que considera “partes inocentes”. Foi nomeada Embaixadora de Boa Vontade da Tailândia no Fundo de Desenvolvimento das Mulheres na ONU, entre outros títulos.

Todos temos nossos preconceitos e o próximo inovador constante da lista do Nikkei Asian Review parece fazer sucesso, mas informa-se que ele se esconde não se expondo sequer nas entrevistas à imprensa. Trata-se do sul coreano Kim Chang-wook que faz sucesso com jovens que utilizam formas novas de participar das redes sociais. Se não utiliza ele próprio da franqueza, parece que seus trabalhos podem induzir a distorções perigosas.

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Foto do Kim Chang-wook constante do artigo no Nikkei Asian Review

Contrastando fortemente com o caso anterior, a lista do Nikkei Asian Review inclui o caso de James Chen, que é de uma terceira geração de filantropistas que já se preocupa com o conteúdo das causas dos problemas que exigem suas doações. Seu pai já efetuava doações para causas educacionais em Hong Kong e na China. Ele se enquadra em parte dentro do que Bill e Melinda Gates estão fazendo, envolvendo-se mais na identificação das causas que provocam a necessidade da filantropia, procurando formas de minorá-las.

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James Chen procura identificar as causas que provocam necessidades para deficientes em visão, numa foto publicada no artigo do Nikkei Asian Review

Ele está à procura de novas formas de filantropia, como concedendo premiações para aqueles que dispõem de técnicas que ajudem a superar as necessidades dos deficientes em visão. Seu pai não preenchia simplesmente os cheques para as doações, mas procurava conhecer o que estava ajudando. Depois de assumir o cargo da Wahum Group, uma empresa de manufatura de Hong Kong, criou a Fundação Chen Yet-Sem Family para atuar no que chama de “venture philanthropy”, saindo da tradicional filantropia impulsionada pela filosofia confucionista, que já tinha 2.500 anos de história. Acompanha as doações, mas deseja a sua avaliação.

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Segundo a Clearly 2,5 bilhões sofrem de deficiências visuais, foto constante do artigo da Nikkei Asian Review

Ele dispõe de uma empresa que produz óculos chamada Adlens e promove exames e os doa aos necessitados, mas na organização chamada Clearly reúne inventores, profissionais de saúde e empresários para focar no combate às aflições relacionadas com visões, oferecendo premiações para startups com tecnologias para superar os desafios existentes.

Muitos outros casos criativos que estão ajudando o mundo a resolver os seus problemas podem ser mencionados. Estes casos relatados podem inspirar outros, mostrando que o sucesso não se resume aos resultados econômicos obtidos. Atualmente, existem outros desafios como a preservação do meio ambiente e sustentabilidade da economia e da política, além da solidariedade que faz parte da natureza humana. Seria de grande interesse que também os brasileiros venham a atuar não somente na solução dos seus problemas, mas os da humanidade.



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