Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Meios de Comunicação Social na Passagem do Ano

1 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Entre os esforços efetuados pelos responsáveis pelos meios de comunicação social na passagem de ano, o site do Nikkei Asian Review conseguiu elaborar uma matéria interessante chamando a atenção para as iniciativas de jovens que estão agitando a Ásia e o mundo. No globo atual de muitas incertezas, segundo o site, estes jovens estariam se destacando.

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Estes seriam, segundo o site do Nikkei Asian Review, alguns destaques que estariam agitando a Ásia e o mundo

O primeiro da lista seria Jean Liu, 38 anos, atual presidente da chinesa Didi Chuxing, nascida em Beijing, cujo pai é o criador do famoso Lenovo de computadores, mas como todos os seus filhos ela não trabalha com o pai e pretende superar o que ele fez. Formou-se na Universidade de Peking, graduou-se no mestrado de Harvard em informática e foi trabalhar na Goldman Sachs, chegando rapidamente a diretora executiva para a Ásia, onde acumulou relacionamentos com os grandes e mais dinâmicos grupos chineses e asiáticos atuais. Apesar da invejável posição que ocupava no banco, ela se impressionou com as diretrizes do grupo Didi para a qual se transferiu. Muitos grupos que conheceu são seus parceiros recentes em algumas atividades, bem como os mais destacados no mundo na informática. Entre eles, Alibaba, Softbank, Apple, Tencent, Lyft, Grab, Ola e muitos outros.

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Jean Liu, presidente da Didi Chuxing

Na Didi Chuxing, detentora de 80% do seu setor na China, derrotou a UBER no país e com a qual acabou se associando para saltos internacionais. Hoje, o grupo conta com seis mil funcionários que são engenheiros e cientistas. Ela tem três filhos e superou um câncer de mama. Como todos da Didi, um dia por ano ela dirige um carro da empresa atendendo clientes comuns com os quais procura aprender os desejos destes usuários. A Didi atende diariamente cerca de 20 milhões de clientes em 400 cidades, bem como organiza viagens, aluga carros. Segundo ela, os chineses não vivem de cópias do que outros fizeram como muitos pensam, mas de inovações.

O segundo desta lista do Nikkei Asian Review é o japonês Makoto Shinkai, 43 anos~Ele se destaca como o novo líder da onda da indústria de filmes anime que, originária no Japão, faz sucesso na Ásia como no resto do mundo, se inspirando nas antigas revistas de mangás. Ele que já tinha produzido alguns filmes mais curtos de sua autoria pessoal, dentro da tradição que estava consolidada no Japão com Hayao Miyazaki (que faturou US$ 262 milhões em 2001 com seu “Spirited Away”), conseguirá certamente superá-lo com o “Your Name”, de 107 minutos, pois em poucas semanas já faturou mais de US$ 179 milhões, sendo US$ 79 milhões na China somente nos primeiros 19 dias, impressionando até Hollywood e a Disney, entre outros deste setor.

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Makoto Shinkai novo líder dos filmes de animes

Sua apresentação recente em Shinjiku (23 de dezembro) provocou aplausos, choros na plateia onde as meninas estavam vestidas como a heroína Mitsuha e cantando juntas, os meninos como o herói Taki, com todas as entradas esgotadas em três minutos depois do lançamento de suas vendas. Já havia pessoas que tinham visto este filme mais de 10 vezes (não sei de que forma), uma verdadeira loucura.

Sua elaboração cuidadosa e pessoal utiliza ambientes usuais de Tóquio e do Japão, transformados em desenhos próprios de Shinkai com todos os detalhes, usa música tema de rock japonês Radwimps, mas se inspirou na história entre a heroína e o herói num poema clássico japonês do século X de Kokin Wayashu, que ele estudou. Também estão incluídos ritos do xintoísmo tornando diferente de outros desenhos existentes até agora.

O filme é dirigido aos adolescentes e adultos em vez de crianças. A Toho, famosa distribuidora do Japão que decidiu lançar o filme numa rede de 301 telas, está sendo procurada por muitas importantes organizações do setor para projeções no exterior. Os locais que inspiraram muitos santuários, montanhas, escadas e pontes que aparecem no filme já estão sendo procurados como locais de turismo.

O terceiro personagem de destaque incluído na lista do Nikkei Asian Review é o capitalista Neil Shen, 49 anos, que opera em diversos lugares, hoje mais concentrado em Hong Kong. Ele é o fundador do Sequoia Capital’s China, como desdobramento da organização no Vale do Silício, que tem diversos braços no grupo, concentrado em investimentos voltados à alta tecnologia. Estudou em Jiao Tong University e também em Yale.

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Neil Shen considerado o maior investidor chinês inclusive em projetos de iniciativas ousadas

Ele está sendo considerado o primeiro investidor chinês nestes projetos promissores que avaliados adequadamente apresentam os melhores resultados, com alguns fazendo parte do controle do seu grupo. Suas atividades procuram centros que apresentam as melhores vantagens, que acabam se alterando no tempo. Com uma capacidade de avaliação estratégica, vem obtendo os resultados mais expressivos nas suas escolhas.

Seus alvos principais estão entre os que utilizam tecnologia de ponta, sendo o primeiro investidor do DJI da China, que agora representa cerca de 50% do mercado mundial de drones. Ele descreve a sua missão como “pequeno peixe e dinheiro rápido, para que possa competir com peixes grandes e mais lentos”. Shen continua sendo conhecido como gênio da programação matemática e computacional, tendo se destacado nas competições desde a sua adolescência.

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A DJI produz metade dos drones no mundo

Os alvos atuais de Neil Shen estão entre as atividades que usam a Inteligência Artificial como os laboratórios inovadores de novos produtos farmacêuticos ou as atividades voltadas à saúde, que continuam apresentando demandas crescentes no mundo. Incluem empresas como a BGI, que vem se destacando no uso da genoma, contando também com o apoio de Bill & Melinda Gates para o desenvolvimento de soluções para alguns tipos de câncer.

Shen, que poderia estar entre os primeiros investidores do mundo, prefere manter a sua organização com dimensão controlada para obter maior eficiência. Utiliza o mandarim e o inglês como idiomas de comunicação, mas estuda cantonês para poder se comunicar em idioma original de Hong Kong.

Nos próximos artigos continuaremos resumindo dados destes jovens empresários incluídos na lista do Nikkei Asian Review, lamentando que entre eles não figura nenhum brasileiro.



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