Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Em Tempos de Carnaval e Raridade de Notícias Boas

28 de fevereiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Um artigo elaborado por Helena Celestino foi publicado no suplemento Eu & Fim de Semana informando sobre a importância da revista The New Yorker, que tem como atual diretor David Remnick, com longa experiência em Moscou e na imprensa.

 

Última capa da prestigiosa revista The New Yorker

Sempre existem algumas revistas em todos os países que se destacam pela sua coerência mantida por um grupo seleto de redatores, como o seu atual diretor da The New Yorker David Remnick, que possui uma invejável experiência de diversos períodos quando trabalhou em Moscou, tendo conhecimento dos seus principais políticos recentes. Lamentavelmente, foi num período em que a Rússia perdia a sua importância com a extinção da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, apesar de continuar como um contraponto do Ocidente, papel atualmente desempenhado em grande parte pela China. Começou no chamado peristroika, iniciado em 1985 com Mikhail Gorbatchov. Depois de um período conturbado acabou ficando sob o comando do Vladimir Putin, especialista em inteligência com muitos amigos que enriqueceram com as privatizações de setores do governo russo.

A autora da matéria ressalta que The New Yorker mantém a tradição de reportagens investigativas, textos trabalhados, inteligentes e longos que não seriam necessariamente populares, mas conta com leitores assíduos que mantém a sua viabilidade econômica. Seu diretor atual é também autor de alguns livros, como a biografia de Barack Obama, “A Ponte”, que está sendo publicada em português pela Editora Companhia das Letras.

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David Remnick, diretor do The New Yorker e autor de diversos livros, com longa experiência em Moscou

Ele é muito pessimista com Donald Trump, o que acontece com muitos norte-americanos que não foram capazes de provocar a sua derrota eleitoral, aventando a possibilidade de que os russos tenham interferido com a divulgação de algumas informações na campanha eleitoral.

Na realidade, parece que o foco do problema mundial se deslocou da Rússia para a China que tem uma tradição mais longa de pessoal qualificada para a administração do país, desde a época do preparo dos mandarins. Há que se admitir que os Estados Unidos acabaram se atrasando nas pesquisas básicas, onde os democratas de Barack Obama tiveram influência, sendo superadas pelos chineses, diferença que será difícil de eliminada nas próximas décadas, o que pode piorar com Donald Trump e seus partidários. Mesmo que os russos tenham alguma importância política, não parece que disputarão a hegemonia nas tecnologias de ponta.



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