Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Lamentável Corrida Armamentista na Ásia

22 de fevereiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 4 Comentários »

clip_image002Lamentavelmente a preservação da independência política internacional implica no aumento de gastos com equipamentos militares importados, como está ocorrendo com a Índia.

Equipamentos que a Índia está importando para se manter independente dos seus vizinhos asiáticos. Foto publicada no artigo do site da Nikkei Asian Review

Um artigo publicado por Shotaro Tani no Nikkei Asian Review mostra que o comércio internacional de armamento vem crescendo nos últimos anos, com a Índia se destacando como um importante comprador visando manter a sua independência com relação aos seus vizinhos como a China. O levantamento de 2012 a 2016 foi feito pelo Sweden’s Stockholm International Peace Research Institute, atingindo principalmente os países asiáticos.

O volume global cresceu de 2012 a 2016 em 8,4% comparado com os cinco anos anteriores, sendo que na Ásia e na Oceania este crescimento foi de 7,7%, chegando a 43% da importação global.

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Gráfico constante do artigo publicado no site do Nikkei Asian Review

Depois de um decréscimo do volume com o fim da guerra fria, observa-se que há uma tendência recente de novo aumento no volume de comércio de armamentos.

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Gráfico constante do artigo publicado no artigo do Nikkei Asian Review

Enquanto a China consegue produzir os armamentos de que necessita, a Índia ainda depende de fornecedores como a Rússia, os Estados Unidos, países europeus, Israel e Coreia do Sul. O Japão depende da aliança com os Estados Unidos que está se mostrando cada vez mais instável.

O Brasil, apesar de não contar com conflitos militares internacionais, para assegurar a sua independência, lamentavelmente também necessita ampliar os seus armamentos, notadamente para a defesa do pré-sal como de suas fronteiras internacionais, o que está visivelmente deficiente, com aguda insuficiência de recursos. Necessita, portanto, de uma política externa que tenha alianças diversificadas, que até o momento não está sendo cuidada.


4 Comentários para “Lamentável Corrida Armamentista na Ásia”

  1. Simone Aparecida
    1  escreveu às 17:52 em 22 de fevereiro de 2017:

    Yokota, por que não mencionou o Japão no artigo? Ele irá adquirir 42 caças tipo F-35, bem como está gastando muito dinheiro com o projeto do avião de combate Mitsubishi Shinshin. Enquanto isso, o número de pobres no Japão cresce:

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/11/numero-de-pobres-no-japao-cresce-brasileiros-tambem-vivem-apuros.html

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 08:23 em 23 de fevereiro de 2017:

    Cara Simone Aparecida,

    O Japão não foi mencionada pois no artigo do Nikkei Asian Review não se faz menção da aliança com os EUA, que já foi tratado em outro artigo. ´Também o caso da China que conta com muita produção própria de armamentos só é tratado en passant. Não acredito que suas frequentes observações adicionem informações relevantes para estas discussões. Procure fontes de outros países para estas discussões não se limitando às brasileiras.

    Paulo Yokota

  3. Daniel Girald
    3  escreveu às 02:36 em 5 de março de 2017:

    Eu acredito na paz através do poder de fogo superior. E mesmo que aquelas provocações do ditador norte-coreano não passem de meras bravatas, quem não teria receio com relação às intenções de um psicopata que mandou envenenar o próprio irmão?

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 10:33 em 7 de março de 2017:

    Caro Daniel Girald,

    Infelizmente qualquer país que pretenda ser independente necessita inclusive de armamentos nucleares, e a Alemanha, a Austrália e o Japão estão sendo estimulados para terem os seus.

    Paulo Yokota


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