Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Deficiências das Concessões de Serviços no Brasil

6 de março de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Quando se compara os custos do uso da internet no Brasil com algumas localidades no exterior, nota-se que aqui são exageradamente elevadas e os serviços prestados muitos deficientes com interrupções longas, principalmente nos períodos de chuvas.

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Ilustração constante do artigo publicado na Folha de S.Paulo

Um artigo publicado na Folha de S.Paulo. originário de Christopher Mele, do New York Time,s refere-se a uma pesquisa efetuada nos Estados Unidos em que os clientes se mostram contrariados com os serviços de atendimento dos clientes, onde a insatisfação estaria crescendo. No Brasil, antes disso, os clientes estão mais insatisfeitos pelas interrupções constantes da prestação dos serviços e por tempos prolongados, como ocorre com a Internet, o fornecimento de energia elétrica ou os serviços de telefonia, para citar os principais, com prejuízos para os clientes. As tarifas cobradas são elevadas e os serviços não prestados não poderiam ficar por conta dos clientes. Isto acontece de forma acentuada quando são frequentes as chuvas, como por exemplo em São Paulo, afetando as fiações sem um rápido reparo.

As causas destes transtornos remontam ao período em que estes serviços foram leiloados entre os interessados, nacionais e estrangeiros e continuam piorando. O governo resolveu cobrar um preço elevado por estas concessões nas licitações e informa-se que teria havido algumas imperfeições que acabaram provocando a vitória de empresas sem uma tradição de bons serviços no exterior, para escalas gigantescas como a do Brasil. Muitos empréstimos foram contraídos pelos vencedores que, para os honrarem com seus credores, “canibalizaram” as concessionárias que contavam com poucos equipamentos para a prestação dos serviços, o que provocou a piora sensível da qualidade dos serviços, entre outras muitas razões.

As agências governamentais que deveriam se preocupar com o assunto são reféns daqueles que deveriam fiscalizar. Tudo isto resulta nos clientes ficarem pendurados na linha para registrar suas reclamações que não conseguem ser administradas pelos serviços de seus atendimentos pelo seu volume. Como se utilizam poucos funcionários para tanto, além de complementados pelo uso de mensagens automáticas irritantes, as insatisfações dos clientes acabam se avolumando mais do que o esperado e razoável.

O mínimo que se poderia começar a fazer é que os serviços que não foram prestados fossem automaticamente deduzidos das cobranças que envolvem parcelas periódicas. Mas os legisladores parecem mais sensíveis às pressões destas empresas do que do conjunto dos seus clientes, que acabam se conformando com estas deficiências como se elas fossem normais. O público nem sempre conhece os serviços prestados em outros países e suas tarifas mais baixas.



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