Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Lições de Kitakyushu no Japão

29 de março de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002A região de Kitakyushu, no sul do Japão, foi desde a Era Meiji um dos focos da industrialização japonesa e sede da Imperial Steel Works, que hoje faz parte da Nippon Steel & Sumitomo Metal. Mas a região passa atualmente por um esvaziamento que o governo procura recuperar com um novo aeroporto, indústria de robótica e o turismo.

A atual siderúrgica da Nippon Steel & Sumitomo Metal. que começou em 1901 com a Imperial Yawata Works em Kitakyushu

A cidade que fica no sul do Japão, próxima à Fukuoka, a cerca de cinco horas de Tóquio por Shinkansen, perdeu 100 mil habitantes desde o seu auge nos anos 1970. Nos últimos cinco anos, até 2015, a cidade perdeu 15 mil habitantes, mais que a cidade de Fukushima que sofreu com a contaminação nuclear depois do maremoto.

O governo do Japão construiu um aeroporto investindo cerca de US$ 1 bilhão para servir a região, uma fábrica de robótica foi construída e a cidade foi considerada patrimônio histórico da Unesco, com seus prédios de tijolo vermelho da Era Meiji. Os jovens procuram cidades mais dinâmicas, como Fukuoka, para suas carreiras.

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Uma senhora caminha por uma rua de compras de Kitakyushu

Este tipo de problema ocorre também nos Estados Unidos onde Donald Trump procura ativar cidades que ficaram esvaziadas com a redução da produção de automóveis no país. Também no Brasil, os jovens preferem migrar para as regiões pioneiras onde tudo se encontra num desenvolvimento dinâmico, deixando antigas regiões, como onde o café já foi importante, no Estado de São Paulo.

Ainda que nos países desenvolvidos existam também estes problemas, nas cidades brasileiras que estão se esvaziando não se podem ignorar os investimentos que foram feitos na sua infraestrutura. Quando da construção do complexo de Urubupungá, foi erguida uma cidade de suporte, depois transformada na sede de uma universidade. Há que se planejar centros educacionais, de pesquisas e até de centros voltados à saúde para aproveitar o que foi investido.



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