Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Preocupações com o Novo Mandato do Brasileiro na OMC

1 de março de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Com a decisão antecipada de renovação do mandato do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo (foto) para mais um período na administração da Organização Mundial do Comércio, o fato que deveria ser de satisfação gera preocupações com a atual tendência de redução do intercâmbio internacional, diante da falta de peso da entidade para decisões de peso, além da atuação discreta do Brasil.

O fato concreto é que mesmo no primeiro mandato na OMC – Organização Mundial de Comércio não se conseguiu resultados de destaque, ainda que a entidade seja estratégica para a decisão de pendências como os subsídios concedidos pelo Canadá para a produção de aviões da Bombardier, além de outras disputas que não se coadunem com as regras de um comércio aceitável.

Com a atual oposição dos Estados Unidos para a atuação da NAFTA – North America Free Trade Agreement, envolvendo o México e o Canadá, além da saída daquele país do TPP – TransPacific Partnership e da decisão do Brexit pelo Reino Unido, aumentam as tendências para políticas nacionalista-protecionista de caráter popular no mundo. Esforços estão sendo tentados, como da Comunidade Europeia com o Mercosul, além de substitutivos ao TPP na Ásia, mas sempre haverá muitas dificuldades.

Se o Brasil tivesse uma firme determinação em contribuir para a mudança da atual tendência, a nova administração da OMC poderia até ter mais possibilidade de sucesso. Mas, com a atual relutância brasileira, concentrada nas reformas internas, parece que resultados expressivos no comércio internacional parecem mais difíceis. Mas surpresas podem também acontecer, exigindo articulações intensas nos bastidores.

Uma parte do Itamaraty brasileiro preocupa-se com o controle de entidades internacionais para que seus diplomatas tenham possibilidade de cargos de relevância. Mas os objetivos devem ser mais ousados procurando benefícios que representem avanços para muitos países, que no momento aparentam ser difíceis. Mas deve-se entender que estas dificuldades podem acabar resultando em avanços inesperados.



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