Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Baleias e Atuns na Política Japonesa

15 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002O jornalista Philip Brasor, com toda a razão, move uma forte campanha contra o abate de baleias e o consumo exagerado do atum, que não é só dos japoneses, mesmo com uma parte já seja criada em cativeiro.

O atum rabilho (bluefin) jovem acaba sendo capturado nas pescas com as redes. Foto constante do artigo publicado no The Japan Times

Depois de uma agressiva campanha, inclusive do Greenpeace, contra a pesca da baleia praticada pelos japoneses no Pacífico, os especialistas entendem que a atividade está praticamente extinta. Agora se volta a atenção para uma nova espécie, a dos atuns, também com risco de extinção, que são muito consumidos pelos japoneses, mas também pelo mundo todo. Mesmo com o aumento dos atuns criados em cativeiro, que já representam mais da metade do abastecimento mundial, ainda ocorrem as pescas, em alto-mar, desta espécie que circula por todo o mundo durante a sua vida. As pescas efetuadas com o uso de redes não são capazes de discriminar os atuns jovens, cuja pesca é proibida, segundo Philip Brasor, que publica seu artigo no The Japan Times, que vale a pena ser lido na sua íntegra, pois apresenta muitos detalhes: http://www.japantimes.co.jp/news/2017/05/13/national/media-national/japans-fisheries-still-swimming-upstream/#.WRhmN2eGPrc.

Nem todos sabem que existem diversos tipos de atum, mais de uma dezena, sendo que quem consome sushis e sashimis prefere os rabilhos (bluefin). Deve-se atentar também que o crescimento brutal dos seus consumos recentemente decorre da propagação no resto do mundo, pois no Japão são caros e os japoneses só podem apreciá-los no máximo uma vez por semana. Os chineses, que são numerosos e não consumiam peixe cru até algumas décadas passadas, passaram a apreciá-lo, aumentando sensivelmente a sua demanda.

Os atuns mais apreciados são maiores e pescados depois de se tornarem adultos, havendo uma cota para tanto, pois todos estão preocupados com a possibilidade da redução brutal do seu estoque no mundo, ameaçados de extinção. Mas, quando pescados com redes, fica difícil de evitar os mais jovens, ainda que estejam proibidos de pesca.

Deve-se concordar com regulamentações mais rígidas sobre estes tipos de pesca, o que não é fácil, pois não se trata somente nos mares próximos do Japão, mas em todo o mundo. Há que conseguir uma legislação universal com a intervenção de organismos internacionais. Bem como intensificar a produção em cativeiro, que pode ocorrer em muitas localidades do mundo.



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