Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Com Pleno Emprego, os Salários não Sobem Muito nos EUA

24 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , , | 6 Comentários »

Um artigo de Peter Coy foi publicado no site da Bloomberg questionando a causa do por que, apesar da queda do desemprego, os salários não estão subindo muito nos Estados Unidos.

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Gráfico publicado no artigo do site da Bloomberg que vale a pena ser lido na íntegra

Um artigo de Peter Coy, publicado no site da Bloomberg, levanta algumas hipóteses do por que, mesmo com a queda do desemprego nos Estados Unidos, os salários estejam subindo muito ligeiramente. A primeira hipótese é a teoria da curva de Philips, que liga o desemprego com aumento dos salários não estaria mais funcionando, o que é muito difícil de ser aceito pelos acadêmicos. A segunda é que o declínio do poder de negociação dos sindicatos nos Estados Unidos, por ter atingido um nível de salário relativamente elevado como um país desenvolvido, mostrando que os trabalhadores estariam satisfeitos com os salários recebidos.

Outra hipótese é que as empresas estariam satisfeitas com os empregados que possuem não se empenhando para o seu aumento. Os empregados adicionais não valeriam mais o que teria que ser gasto com eles. O aumento de produção e eficiência não seriam atribuídos aos empregados. Haveria também mais folgas no mercado de trabalho, não compensando gastos adicionais com eles.

Também existe a hipótese que os dados dos salários estejam subavaliados. Parece importante a hipótese que os aumentos dos salários começariam a aparecer brevemente naquele país. Tudo isto é relevante para a decisão das autoridades monetárias dos Estados Unidos decidirem se elevam os juros que estariam demasiadamente baixos.

O que parece possível de ser considerado é que a economia não é uma ciência exata como a física e que a execução da política econômica é mais uma arte que vai se ajustando ao que acontece na economia como um todo, com considerações políticas, sociais, psicologia social e de outras naturezas, ajustando-se ao que estaria ocorrendo no momento, nem sempre sendo importante os que os teóricos da economia considerariam relevantes.


6 Comentários para “Com Pleno Emprego, os Salários não Sobem Muito nos EUA”

  1. Paulo
    1  escreveu às 12:52 em 24 de maio de 2017:

    Pleno emprego?
    É preciso questionar este conceito de pleno emprego, pois isso é falso!
    Oras, pessoas que pararam de procurar emprego, que recebem auxilio do governo ou que são obrigados a trabalharem em tempo parcial não são considerado desempregado.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 21:43 em 24 de maio de 2017:

    Caro Paulo,

    Pleno emprego é um conceito em economia, que costuma ser somente uma aproximação, pois em ciências sociais está dentro de uma probabilidade, nunca sendo um numero exato.

    Paulo Yokota

  3. Luis
    3  escreveu às 13:01 em 24 de maio de 2017:

    “O que parece possível de ser considerado é que a economia não é uma ciência exata como a física e que a execução da política econômica é mais uma arte…”
    Ou seja, é mero chute.

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 21:39 em 24 de maio de 2017:

    Caro Luis,

    Discordo. Não se trata de chute, ou tudo que seja arte seria um chute? O que parece é que nem todo que esteja somente na chamada ciência compreende o que constitui a realidade, que costuma ser muito mais complexa. Senão seria tudo mais fácil, bastando seguir uma receita.

    Paulo Yokota

  5. Sérgio
    5  escreveu às 11:39 em 10 de outubro de 2017:

    Na verdade ocorre que a qualidade do emprego não resulta em ganho de renda, por conta da precarização do trabalho. Primeiro que é recorrente que um norte americano trabalhe em três empregos, isso quer dizer que um mesmo trabalhador ocupa 3 vagas geradas, para atingir uma renda razoável. Segundo, o salário oferecido é tão baixo que é comparável aos bicos que já eram exercidos antes pelo trabalhador em situação de desemprego, o que faz que ter um trabalho formal não aumente sua renda. Em terceiro há um problema macroeconômico que é o crescimento da economia financeira em grau muito maior que a economia produtiva, o que obriga a uma retirada de renda de uma área para a outra. Por fim, o sistema tributário, que tributa mais os 50% mais pobres da população.

  6. Paulo Yokota
    6  escreveu às 15:44 em 10 de outubro de 2017:

    Caro Sérgio,

    Uma economia ampla e com grandes diferenças regionais e setoriais como a norte-americana, sempre existem espaços para comportamento diferentes, mas com a persistência desta situação por muito tempo parece que há uma tendência para a elevação dos salários reais em toda a economia.

    Paulo Yokota


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