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Esperanças Com a Posse de Emmanuel Macron

15 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

clip_image002Ainda que muitos tenham expectativas positivas com a posse do novo presidente da França, Emmanuel Macron (foto), que tem uma formação invejável e mesmo sendo jovem já tem uma carreira marcada pelo sucesso e ousadia, não se pode subestimar as dificuldades que ele deve enfrentar no comando daquele país. Ele não é um político tradicional francês e seu partido é novo.

O difícil quadro político e econômico que o Ocidente enfrenta desde a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e do Brexit ocorrido no Reino Unido grandes esperanças são depositadas no novo presidente da França, que tomou posse neste fim de semana e conta com uma sólida formação e uma carreira invejável. As dificuldades existentes são gigantescas e poucos são os líderes que conseguem gerar uma esperança de importantes mudanças. Não se pode subestimar as dificuldades existentes, pois o novo partido que ele formou, A Marcha, não tem nenhuma tradição naquele país e ele, que não é um político tradicional, terá de conseguir uma maioria parlamentar para lhe dar suporte, o que dependerá das eleições distritais previstas para breve.

Seu discurso de posse reafirma o que veio prometendo na campanha eleitoral, uma França forte integrada à Europa, com inovações difíceis de obter. Ele terá de mostrar sua capacidade de conseguir uma grande articulação política que lhe assegure uma maioria parlamentar para o seu governo, num país que adota um sistema distrital de eleições.

Pouco conhecido politicamente, como fez uma carreira brilhante no sistema bancário, gera desconfianças importantes de um segmento da população, que enfrenta um desemprego elevado, ainda que não tanto como o brasileiro. Conta com uma França que acolheu sempre muitos imigrantes, mas tem limitações para acolher grandes massas de refugiados de diversas partes do mundo. Os problemas dos terroristas que o país vem enfrentando, com mortes dramáticas, reduzem até os turistas estrangeiros que sempre procuraram o seu país.

Espera-se que a opinião pública tenha a paciência para conceder-lhe o tempo indispensável para a maturação das grandes articulações, que começa com a Alemanha, o país mais importante na Comunidade Europeia no momento.

Mas, exatamente por ser uma figura relativamente nova na política francesa, pode ser que consiga obter a articulação indispensável e suporte dos jovens como ele, ainda que estes estejam atuando de forma demasiadamente emocional. As primeiras informações sobre o quadro de seus auxiliares parecem ser positivas, mas ainda não escolheu quem será o seu primeiro-ministro.

Não só a França, como a Europa e o resto do mundo precisa de uma nova liderança política e Emmanuel Macron pode ser ela, mas terá que mostrar qualificações políticas para tanto.



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