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Os Problemas do Trânsito nas Marginais Paulistanas

8 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

clip_image002 Existem alguns dirigentes públicos que na ânsia de ocupar espaços com a desmoralização dos políticos imaginam que problemas que causam impactos sobre a opinião pública podem ser lidados pelas ações inspiradas pelos seus impulsos.

Exageros na procura de atenção da imprensa com ênfase em assuntos polêmicos do prefeito João Doria

Existem sempre algumas personalidades que se empolgam com as situações momentâneas imaginando que podem obter popularidade com a discussão de assuntos polêmicos que chamam a atenção da imprensa. Constatando que existem contrariedades com os políticos por parte da população, alguns procuram divulgar uma imagem que não condiz com eles, ainda que tenham ocupado cargos públicos como os relacionados com o turismo em São Paulo e no Brasil, tendo pertencido a diversos partidos políticos, quando seus negócios particulares coincidentemente também tiveram rápida ascensão.

O novo prefeito investiu inicialmente contra os grafiteiros que emporcalham parte da cidade, mas como alguns deles são considerados grandes artistas até no exterior acabou-se admitindo algumas mudanças na campanha Cidade Limpa, como se fora aperfeiçoamentos. Ao mesmo tempo, seus colaboradores colocam seus cartazes nas rodovias quando ultrapassam os limites do município, na Grande São Paulo, o que não é permitido na Capital.

O problema que vem provocando muita polêmica é o aumento da velocidade dos veículos nas marginais paulistanas. O jornal A Folha de S.Paulo, em dois artigos longos elaborados por Artur Rodrigues e Mariana Zylberkan, informa que este aumento provocou a elevação dos acidentes com mortes, o que é lamentável. Outras modificações sobre o que vinha sendo implementada pela administração municipal anterior estão sofrendo mudanças, que por serem lentas também provocam diversas polêmicas. Notadamente quando não existem medidas mais duradouras para a redução dos buracos que se multiplicam pelas vias da cidade e não se melhora do trânsito com novas vias importantes.

O que parece desejável para a capital paulista é uma espécie de plano diretor que permita um aproveitamento melhor de tudo que esta metrópole pode oferecer. Infelizmente, com medidas somente de curto prazo, não há como se supor como a cidade continuará se desenvolvendo. São Paulo têm dois espigões, uma que vai do centro para o sul, separando os rios que ajudam a alimentar o Tietê, e outro do centro para oeste que separa o vale do rio Pinheiros. Parece que seria da maior conveniência que houvesse vias que, por túneis, ligassem estes dois vales, sem que houvesse o trânsito infernal para quem precisa cruzar as vias dos dois espigões.

Prestes Maia foi o primeiro que traçou esta espécie de plano diretor e foi perseguido por décadas, tendo construído entre outros o túnel da 9 de Julho, bem como o aproveitamento de pequenos vales dos rios que alimentavam os dois principais de São Paulo. O criticado Paulo Maluf também traçou muitas das importantes avenidas que permitem ligações de regiões importantes da cidade, escoando parte do tráfego que não necessita transitar pelas partes centrais de São Paulo. Parece que seria desejável que os prefeitos cuidassem destes assuntos, pois muitas destas vias, para a sua conclusão, demandam tempos superiores aos das administrações dos atuais prefeitos.



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