Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Satélite Brasileiro Para Telecomunicação

5 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Está se noticiando na imprensa brasileira que o satélite SGDC – Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações foi lançado com sucesso da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa

clip_image002

Esquema constante do artigo no Estadão que vale a pena ser lido na sua íntegra

A informação consta do artigo de Fábio de Castro e Pablo Pereira publicado no Estadão, o que é certamente um grande avanço, mas é de se lamentar que não tenha se utilizado a base espacial de Alcântara, no Maranhão, que também tem as condições ideais por se localizar próximo da linha do Equador, que está pouco ativa desde o desastre que lá ocorreu num dos lançamentos de foguetes. Outros jornais também noticiário este lançamento.

A operação ainda está em andamento com o satélite programado para abrir o seu sistema de captação de energia solar, bem como ficar estacionado na posição que acompanha a mesma rotação da Terra a 36 mil quilômetros da superfície, cobrindo o Brasil todo. Seu custo está estimado em R$ 2,8 bilhões. Também as providências para o seu uso nas comunicações ainda depende de licitações, como o seu uso para vigiar as fronteiras internacionais do Brasil exigem mais do que a captação das imagens. É preciso contar-se com forças militares para, utilizando as informações colhidas, evitar transportes irregulares de armas e drogas, o que é sempre difícil, notadamente nas vastas áreas Amazônicas, com a eficiência desejada.

Mas o primeiro passo já foi dado e seria interessante que a população fosse informada que para as suas efetivas operações há muito que se trabalhar. Os planos são bons, mas as tarefas só se efetivam com os seus executores completando tarefas complexas nos mais variados setores, que demandam tempo e recursos, públicos e privados, que estão escassos no momento na economia brasileira.

A grande maioria dos brasileiros não consegue avaliar as dificuldades que se encontram em todas as regiões remotas do Brasil. Muitas das tarefas precisam ser executadas em condições adversas de uma floresta como a Amazônica, onde nem os marcos geográficos são fixos, como nos casos dos rios que mudam de curso depois das inundações normais e constantes em todos os anos.

Certamente, onde as operações são rentáveis nas comunicações, haverá interesse do setor privado, mas nas regiões de populações ralas o governo terá que atuar na operação de bandas largas da internet, que não são tão simples. Muitos brasileiros não têm a mínima noção do que seria transitar por milhares de quilômetros, como na chamada Perimetral Norte que só existe em parte. Tudo é muito fácil de falar, mas difícil de ser executado.



Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: