Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Economia de Escala e Aglomeração nos EUA

19 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Muitos apreciam empresários ousados, outros se preocupam com os exageros das concentrações, mas a Amazon que já conta com empresas de muitos setores surpreende o mercado fazendo uma oferta pelo controle da Whole Foods, considerada a maior cadeia de varejos de produtos orgânicos.

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O Grupo Amazon ofereceu para comprar a Whole Foods

Um artigo de Spencer Sopar, Emily Bluso e Hick Turner publicado no site da Blomberg informa que a Amazon ofereceu US$ 42 por ação da Whole Foods, uma operação que pode chegar a US$ 800 bilhões. Jeff Bezos, CEO da Amazon, já é considerado o segundo mais rico no mundo, em função das aquisições de diversas empresas a partir das vendas online de produtos, mas não tinha participação em empresas de varejo de produtos perecíveis. A Whole Foods é a maior rede de lojas com produtos considerados orgânicos nos Estados Unidos, que vão do Pacífico ao Atlântico.

A Amazon já atua nas vendas de biscoitos, toalhas de papel e outros que são vendidos em supermercados. Entrega as mercadorias nas residências e possui uma vasta experiência em logística. Oferece descontos para os clientes regulares de suas empresas, que envolvem móveis e utensílios utilizados nas residências. Parece que seu objetivo é ampliar o conhecimento do seu grupo sobre os fornecedores de produtos perecíveis que exigem grande rapidez nas operações como das entregas nos domicílios. Alguns problemas estão sendo apontados sobre o atendimento de todas as exigências de produtos orgânicos.

Estas tendências de aglomerações procurando ganhos de escala e de produtos similares acabam proporcionando vantagens com riscos de até redes monopolistas ou oligopolistas. As autoridades de alguns países exigem sua aprovação para que a operação se torne efetiva.

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O grupo brasileiro Natura está querendo comprar a The Body Shop, oferecendo um bilhão de euros pelas suas ações

Também grupos brasileiros como a Ambev têm se revelado eficiente nestas incorporações de outras empresas do setor em que operam. Noticia-se que a Natura, ainda com um volume de operação modesta no mercado mundial, está se oferecendo para absorver a parte dos produtos de beleza da Body Shop. Evidentemente, os volumes operados tendem a crescer com as vantagens de que muitas matérias-primas brasileiras, como da Amazônia, possam ser mais aproveitadas de forma crescente. Certamente, não é uma simples operação de aquisição e incorporação, que muitas vezes visa somente ganhos no mercado de capitais com suas ações. Muitos fundos de investimento colocam volumes gigantescos de recursos para operações consideradas boas desta natureza.

São sinais que as concentrações estão ocorrendo no mercado mundial, aproveitando as economias de escala e de aglomeração, mas que devem evitar situações monopolísticas, prejudiciais aos consumidores.



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