Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Esperanças Mundiais Com as Eleições na França

12 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Se a eleição de Emmanuel Macron à Presidência da França já era um alento, as indicações da arrasadora eleição dos parlamentares do seu partido, República em Marcha, ainda no primeiro turno, reforçam as esperanças da volta da racionalidade na política mundial.

Emmanuel Macron votando nas eleições legislativas na França

As pesquisas de boca de urna efetuadas na França indicam que os candidatos ao Legislativo do Partido República em Marcha, de Emmanuel Macron, no primeiro turno já indicam que ele possivelmente terá uma maioria consagradora na sua base de suporte. Como se sabe, na França, as eleições para o Legislativo são distritais e haverá ainda o segundo turno onde os candidatos não conseguiram a maioria, que é em pequeno número. Mas as indicações possíveis é que a vitória do seu novo partido encerra a longa fase naquele país onde os socialistas e os comunistas tinham importância.

Isto permite interpretar que a Europa contará agora, além da Alemanha da chanceler Angela Merkel, com uma nova liderança na França que permita recuperar a racionalidade política, diminuindo a importância dos Estados Unidos, de Donald Trump, e do Reino Unido, de Theresa May, no mundo. Isto poderá ter uma importância internacional fazendo com que a economia e a política voltem para os trilhos do predomínio da racionalidade, no mínimo no Ocidente.

Todos sabem que na França existe a Escola Nacional de Administração onde são preparados muitos dos lideres políticos e empresariais daquele país. Um jovem como Emmanuel Macron conseguiu se eleger presidente e já escolheu um gabinete de elevado nível, empolgando em pouco tempo o eleitorado do seu país. Os tradicionais políticos perderam muito de sua importância, mas as dificuldades não devem ser desprezadas.

Estas realidades não ficarão restritas à Europa, mas forçará que outros de outras regiões do mundo sejam obrigados a discussões de nível mais elevado sobre os problemas mundiais, ainda que já se esboçasse uma recuperação econômica incipiente. Na confusão política que ainda persiste, há esperanças da volta de discussões de mais alto padrão, ainda que dificuldades sejam naturais, havendo necessidade de que tudo seja comprovado sobre a sua eficácia na prática.

O Brasil sempre sofreu uma forte influência da França e, mesmo nas últimas décadas quando a importância dos Estados Unidos ficou marcante no mundo, esta tradição continuou a existir. Agora, quando os norte-americanos sofrem com fortes divisões e nem tudo fica claro no mundo, há grandes possibilidades de que estas velhas tradições voltem a prevalecer. De uma especialização exagerada, caminha-se para um humanismo mais amplo, onde considerações políticas, sociológicas, históricas e, sobretudo, filosóficas voltem a ganhar a sua importância.



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