Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Previsível Corte da Noruega no Fundo da Amazônia

26 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002 Na visita do presidente Michel Temer à Noruega, como era previsível, o país que mais vem doando recursos ao Fundo da Amazônia para reduzir o desmatamento criminoso manifestou sua contrariedade com relação ao aumento nos últimos anos.

O ministro do Meio Ambiente Sarney Filho declara que só Deus pode garantir a queda do desmatamento como reação à insatisfação da Noruega

Como já manifestamos neste site, a Noruega vinha doando quase a totalidade dos recursos para o esforço de redução do desmatamento da Floresta Amazônica, o que estava caminhando de forma satisfatória no começo do processo. Lamentavelmente, nos últimos anos, este desmatamento veio crescendo e o atual governo atribui à administração anterior a sua responsabilidade. O mínimo que deveria ter sido declarado é que o governo se empenharia de forma desdobrada para a sua redução, quando a Noruega anuncia a redução dos cortes nas suas doações. Mas um despreparado político brasileiro atribui esta possibilidade à ação divina.

Por mais que muitos achem que a administração de Michel Temer deva continuar como um mal menor, o fato é que a acumulação de tantas incompetências faz com que o clamor popular pela sua abreviação acaba se agigantando. Os auxiliares escolhidos por ele como seus principais auxiliares só atuam no sentido contrário aos interesses nacionais, ficando difícil de sustentar esta situação por mais um ano e meio, até a posse do próximo governo em 2019.

Não se trata nem da ação da oposição nem do Judiciário. Os que deveriam contribuir para a consolidação mínima do atual governo é que atuam em sentido contrário, agravando o prestígio do atual governo, que já atinge níveis insuportáveis.

O Brasil deveria servir de exemplo para os outros países, pois detém a maior parcela da Floresta Amazônica que passou a ser considerada como o símbolo do pulmão do mundo. Dispondo de tantas áreas exploráveis para suas atividades florestais, de pecuária e de produção agrícola não necessita aumentar o seu criminoso desmatamento irregular feito pelos grileiros e extratores ilegais de madeira. Para tanto vem recebendo doações do exterior de países preocupados com o aquecimento global e em vez de se empenhar na sua boa utilização preocupa-se somente com as possibilidades de se manter no poder.

Ainda é tempo para a correção destes rumos, pois não se trata de um problema de curto prazo, mas que extravasa o período de administração de um governo. Trata-se de um problema do Brasil que vai continuar existindo, apesar destes lamentáveis políticos. A população brasileira deve manifestar publicamente a sua inconformidade mostrando que participa das preocupações mundiais, pensando nas gerações futuras e dando a sua contribuição de forma eficiente. A oportunidade está aí, até com doações de recursos do exterior.



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