Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Surpreendente Crescimento da Coreia do Norte

27 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Um artigo publicado pelo The Economist procura explicar porque a Coreia do Norte continua crescendo apesar do boicote decidido no âmbito das Nações Unidas em função dos seus lançamentos de foguetes e desenvolvimento de armas nucleares.

Foto publicada no artigo do The Economist

A Coreia do Norte realizou testes de lançamentos de foguetes a cada duas semanas desde o inicio deste ano. As sanções dos países Ocidentais e do Japão e as promessas da China não conseguem controlar o programa nuclear daquele país. Apesar da economia daquele país estar empobrecida, os especialistas estimam que seu crescimento neste ano deva ficar entre 1 a 5% por ano, o que leva a revista The Economist questionar por que isto está acontecendo.

Uma das razões é que o boicote está direcionado para a venda de armas e tudo que se refere ao que a Coreia do Norte possa ameaçar, notadamente nos países do Extremo Oriente, e não visa prejudicar a sua economia. A ONU tentou bloquear seu acesso às moedas fortes do mundo, mas 99% das vendas do carvão mineral continuam ocorrendo para a China. As sanções reduzem às viagens para aquele país e os norte-coreanos utilizam agentes estrangeiros para suas operações, vendem drogas e armas. Enviam trabalhadores para o exterior e o governo consegue mais de US$ 1 bilhão por com suas remessas para as suas famílias.

Tenta-se reprimir o comércio ilegal, mas não se consegue o controle, como os que os coreanos fazem com o Irã, que também tem seu programa nuclear. Apesar de suas empresas estarem na lista negra, eles conseguem operar com os bancos internacionais, utilizando até as redes chinesas. Tenta-se tapar os buracos existentes, mas existe uma resistência surda, segundo autoridades norte-americanas.

As imagens obtidas com o uso de satélites mostram que na Coreia do Norte os mercados continuam crescendo, abrangendo pequenas e médias empresas em muitas cidades. As empresas do país compram proteções chamadas donju e fazem doações para o governo local.

Tudo isto neutraliza parte dos boicotes feitos, permitindo que a Coreia do Norte continue tendo um crescimento econômico superior ao do Brasil.



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