Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Competições no Sudeste Asiático

25 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: ,

Diversos artigos publicados, principalmente no Nikkei Asian Review, dão conta das disputas que ocorrem entre japoneses e chineses no mundo e no Sudeste Asiático na aquisição de ativos no exterior.

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Cingapura é um dos locais onde ocorrem disputas entre chineses e japoneses pela aquisição de ativos

Ainda que os chineses estivessem muito presentes na aquisição de ativos, este movimento exigiu de suas autoridades as devidas cautelas para que não lhes provocassem desvantagens. De outro lado, o decréscimo da população no Japão e os juros extremamente baixos provocaram procuras mais cautelosas de negócios que permitissem aos investidores japoneses ampliar suas atividades no exterior. Isto proporcionou uma vantagem temporária aos japoneses, mas a volta dos chineses de forma ativa no exterior parece que equilibra novamente as disputas.

Tais considerações foram publicadas num artigo de L.Mark Week e Betty L.Louie, especialistas em aquisições e fusões no Nikkei Asian Review. Ao mesmo tempo, outro artigo publicado originalmente no FT Confidential Research, reproduzido no Nikkei Asian Review, informa que os empréstimos hipotecários da China aumentam na medida em que os preços dos imóveis sobem, continuando com uma perigosa bolha no setor.

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Os empréstimos para os imóveis aumentam, mas a sua participação no total está caindo. Gráfico reproduzido no Nikkei Asian Review

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Gráfico reproduzido no Nikkei Asian Review mostra que a demanda dos empréstimos imobiliários acompanha o aumento dos preços dos imóveis

Estes dados mostram que a situação na China é diferente do Japão, pois sua economia continua crescendo muito rapidamente, como também o setor imobiliário. O risco para o prazo médio é que o endividamento chinês não seja sustentável, de forma que depois de resolvidos os problemas políticos de consolidação do poder do presidente Xi Jinping, haja uma redução do seu ritmo de crescimento.

Há que se atentar também que muitos chineses que emigraram para outros países possuem expressivos ativos no exterior, continuando a aplicá-los em atividades rentáveis.

Todos estes dados sugerem que, mesmo com algumas flutuações, as possibilidades das economias asiáticas continuarem crescendo mais que o resto do mundo permanecem muito presentes.



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