Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Exportação Para Salvar o Saquê

25 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: , ,

clip_image002Com a redução da população japonesa e a concorrência de muitas bebidas alcoólicas, o saquê japonês encontrou uma saída com o aumento de suas exportações, onde, além dos esforços oficiais, também os seus produtores estão inovando para concorrer com outras bebidas no exterior.

Kosuke Kuji, um dos produtores mais entusiasmados com a exportação do saquê

Aqueles que conhecem bem o Japão, sabem que a demanda do saquê naquele país hoje perde com relação a outras bebidas alcoólicas locais, como o shochu, o uísque produzido no Japão, ou importado, vinhos de todos os tipos, além das cervejas muito consumidas naquele país. O saquê acompanha bem algumas culinárias japonesas, mas tende a se tornar uma bebida mais consumida pelos idosos. Mas sua produção continua crescendo graças ao aumento de sua exportação, que acompanha a demanda da culinária japonesa em todo o mundo, onde as autoridades japonesas também dão o seu apoio. Também se encontram nas lojas japonesas algumas variedades diferentes de saquê, como o espumante, os coloridos, além daqueles que os diferenciam pelas suas qualidades especiais.

Quando os japoneses resolveram tentar o mercado externo, procuraram seus produtos mais qualificados, além de também se ajustarem aos gostos dos consumidores no exterior. Hoje, em grandes cidades, como Nova York, se encontram os melhores saquês disponíveis no mundo.

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A exportação do saquê dobrou em 10 anos, conforme gráfico publicado no site da Bloomberg

Também o saquê vem se adaptando aos tipos de consumo no exterior, que, além de acompanhar a culinária japonesa, serve como brindes espumantes.

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Saquê espumante, uma inovação recente

Muitos que apreciam ou trabalham com bebidas alcoólicas costumam fazer paralelo com o que conhecem como o vinho, quando no Japão os melhores saquês podem utilizam componentes de diversas origens distantes para a sua produção, sabendo-se que a água e o arroz são de grande importância. O consumo mundial do saquê ainda é insignificante, como pode ser observado no gráfico abaixo.

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Gráfico constante do artigo no site da Bloomberg

Estas informações permitem concluir que a aguardente de cana do Brasil tem melhores possibilidades que o saquê para ganhar maior projeção no mercado mundial, pois mesmo sem uma campanha para a sua exportação já vem sendo aceita pelos consumidores de todo o mundo. Com um pouco de ajuda oficial, poderia se tornar uma fonte de divisas, criar empregos e contribuir para a recuperação da economia brasileira.



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