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Queijo Mineiro Com o Maior Prêmio na França é Ilegal no Brasil

24 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: , ,

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Uma matéria publicada por Daniel Camargo na Folha de S.Paulo apresenta uma situação inusitada do queijo produzido em Minas Gerais que recebeu a Medalha Super Ouro no Salão Internacional do Queijo na França, mas teve que viajar clandestinamente por falta de regulamentação no Brasil.

Queijo mineiro Senzala, premiado na França, circula clandestinamente no Brasil. Foto publicada no artigo da Folha de S.Paulo, que vale a pena ser lido na íntegra

A produtora rural Marly Leite informa que não existe uma regulamentação no Brasil para a maturação que ela utiliza e acaba produzindo uma camada externa branca. Ela teve que levar o produto para tour na França, onde ocorreu o Salão Internacional do Queijo da França, onde obteve a medalha superouro, o máximo daquele evento.

O queijo é produzido na fazenda Caxambu e comercializá-lo fora de Minas Gerais pode dar uma pesada multa e as visitas para a sua inspeção do IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária foi para informar que não pode ter autorizada a sua produção e comercialização por falta de regulamentação brasileira desta técnica, que poderia resultar em dificuldades. Os especialistas em queijo sabem que em todo o mundo onde o produto é mais desenvolvido existem componentes que facilitam suas fermentações, nem todos amplamente conhecidos, que determinam qualificações diferentes, como a França e na Itália.

As ameaças dos inspetores é que nas próximas visitas se estes produtos continuarem armazenados poderão ser totalmente destruídos, ainda que existam esforços para evitar estes absurdos. Todos sabem que em cidades como São Paulo proliferaram lojas que vendem queiros de diversas procedências do Brasil e suas qualidades estão em rápido desenvolvimento, atingindo até níveis dos países tradicionais nestes produtos.

As autoridades precisam entender que estes desenvolvimentos ocorrem com as condições específicas de cada fazenda, sendo difícil que antecipadamente todos sejam regulamentados, nestes processos que envolvem muito tempo e pessoal técnico nem sempre adequadamente qualificados.

Os produtos fermentados de diversos tipos não se restringem aos queijos e estão enriquecendo as alternativas disponíveis. O que deveria ser coibido são questões de higiene, inclusive na sua manipulação, para proteção dos consumidores. Mas técnicas de diferentes fermentações devem ser livres para a experimentação e se eventualmente seus resultados forem perniciosos, cientificamente comprovados, poderão sofrer restrições. Existem também autorizações provisórias, pois as comprovações das eficiências podem demandar muito tempo.



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