Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Produção de Plaquetas Sanguíneas em Massa

7 de agosto de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

imageEm alguns setores como da medicina os japoneses estão descobrindo novos métodos como este relatado pelo Japan Times que podem ajudar muitos pacientes que precisam de sangue.

Gráfico constante do artigo publicado no The Japan News.

A startup Magakaryon, de Quioto, com um grupo 15 outras empresas, inclusive as farmacêuticas Otsuka e Sysmex, anunciou que conseguiu o que se acredita ser o primeiro método mundial para produção em massa de plaquetas sanguíneas a partir de célula-troco pluripotentes induzidas, mais conhecidas como iPS. Isto abriria a possibilidade de controle dos sangramentos após acidentes ou cirurgias. O novo método seria mais barato por sua produção em massa.

A startup espera que o produto seja autorizado para a venda no Japão e nos Estados Unidos até 2020. Os ensaios clínicos devem começar no próximo ano no Japão. Como se sabe, Shinya Yamanaka, da Universidade de Quioto, recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2012 e está induzindo muitas pesquisas no setor. Estas células são uma grande promessa para domínio da medicina regenerativa e o desenvolvimento de medicamentos.

Só no Japão ocorrem cerca de 800 mil transfusões de plaquetas por ano, três vezes mais que nos Estados Unidos. Espera-se que se possa atender a 10% do atual mercado, segundo o artigo. O envelhecimento da população japonesa e a baixa natalidade naquele país preocupa o futuro da demanda de sangue. As plaquetas doadas têm uma vida de quatro dias enquanto as produzidas pelo iPS podem ser armazenadas por duas semanas, preocupando com o que poderia acontecer no futuro.

As técnicas novas estão baseadas em contribuições dos professores Hiromitsu Nakauchi, da Universidade de Tóquio, e do professor Kobi Eto, da Universidade de Quioto. A capacidade de produção deve ser multiplicada muitas vezes pela participação deste grupo de empresas.

Os pesquisadores estão se preparando para usar os conhecimentos em algumas doenças como a chamada fibrodysplasia ossificante progressivo (FOP), que é rara. O avanço destas pesquisas no Japão parece promissor.



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