Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Impacto dos Veículos Elétricos no Consumo de Petróleo

22 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um artigo publicado por Jess Shankleman e Hagley Warren no site da Bloomberg apresenta dados sobre o aumento dos veículos elétricos no mundo, que é acompanhado por outras mudanças.

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Gráfico publicado no artigo no site da Bloomberg

A Bloomberg estima que em torno de 2038 as vendas de carros elétricos superarão as de gasolina e diesel, o que certamente é uma mudança sensível no mundo, causando mudanças em outros aspectos da economia. Evidentemente, o problema está ligado aos poluentes que estão modificando as condições climáticas e a melhoria das baterias. Como todas as mudanças, também provocam outros efeitos na economia mundial, junto com o aumento de celulares que permitem o uso como da UBER. Também por serem menos complexos do ponto de vista tecnológico, os carros elétricos tendem a reduzir seus custos com o tempo. A combinação destes fatores acaba reduzindo o custo dos transportes em todo o mundo, mas ainda assim afeta pouco o consumo de derivados de petróleo que continuarão a ser relevantes na economia mundial.

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Mudanças que ocorreram no mercado de telefonia celular

Ocorre, portanto, uma mudança sistêmica que provoca uma significativa redução dos custos de transportes por estes veículos.

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Gráfico comparativo dos custos destes veículos por milha, constante do artigo no site da Bloomberg

Ainda assim, no mercado de petróleo a redução seria equivalente à exportação atual da Arábia Saudita, que mesmo sendo significativa não será capaz de inviabilizar a indústria desta fonte de energia em todo o mundo. Mas parece que o que se pode esperar é que o preço do petróleo não deverá subir, pelo contrário haveria uma tendência para a sua redução até os níveis do custo da produção atual.

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Perda do mercado de petróleo provocado pelos veículos elétricos. Gráfico constante do artigo no site da Bloomberg

Existem analistas que estão exageradamente otimistas sobre os recursos que podem ser obtidos pelos leilões das reservas do pré-sal. No entanto, parece que o mais realista é imaginar que as usinas hidroelétricas e os antigos poços em terra, que apresentam melhores perspectivas, possam gerar alguns recursos para o governo brasileiro, por terem custos de operação mais baixos. As reservas que exigem investimentos pesados no pré-sal aparentemente não teriam grandes demandas, pois muitos produtores de todo o mundo não podem ficar otimistas por um período muito longo, exigindo que as explorações aproveitem enquanto o mercado de petróleo não tenda à queda dos preços.



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