Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Inteligência Artificial Melhora a Produtividade e Cria Problemas

11 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Uma tentativa de elaboração de um quadro histórico da inteligência artificial foi feita pelo Yomiuri Shimbun, num artigo elaborado por Fumihiro Kitayama, destacando suas contribuições e alguns problemas de adaptação que possam ocorrer. Há que se pensar sobre o assunto.

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Tabela no longo prazo publicado pelo Yomiuri Shimbun

Todas as inovações ao longo da história provocam importantes contribuições, mas também deixam alguns problemas de adaptação notadamente com os recursos humanos envolvidos, como ocorreu quando da revolução industrial que começou com criação da indústria têxtil na segunda metade do século 18. Agora, a generalização do emprego da informática provoca nova revolução, exigindo que muitos profissionais tenham que se ajustar às novas condições prevalecentes.

Segundo o artigo, a expressão inteligência artificial começa a ser utilizada em 1956, iniciando o primeiro boom com o programa Eliza, criado em 1964. O governo japonês ajuda a provocar o segundo boom de 1982 a 1992, com a quinta geração dos computadores. E o terceiro boom ocorre a partir de 2000, com as máquinas aprendendo a usar grandes quantidades de dados para diversas finalidades.

Os exemplos mais expressivos do uso da informática na chamada inteligência artificial ocorrem atualmente nos registros financeiros dos gastos dos recursos, com os smartphones ajudando a efetuar os pagamentos. No setor da saúde, os registros das imagens dos diagnósticos, dados médicos e os registros dos artigos médicos se tornaram rotinas. Na produção, os planos de produtividade e habilidades dos trabalhadores e nos veículos usa-se imagens periféricas, as condições dos motoristas, além das informações das estradas utilizadas. Mudou-se totalmente o que vinha sendo feito nestes setores nos anos recentes, segundo o artigo.

No setor financeiro, onde eram empregados milhares de analistas, hoje os profissionais são substituídos por computadores que fornecem todas as análises possíveis. No setor de distribuição das mercadorias, 60% do segmento sofrem os aperfeiçoamentos dos pagamentos envolvidos e nas indústrias ajuda-se a reduzir os efeitos dos erros humanos, podendo aumentar as receitas em até 39%.

Ocorre uma substituição acelerada de recursos humanos mais experientes que fazem parte da chamada classe média atual. Cerca de 45% das tarefas não exige mais consultas ao pessoal envolvido e o caso do Japão, onde os recursos humanos estão escassos, encontra-se alternativas para a solução dos problemas existentes. O emprego de robôs se tornou uma realidade.

Estudos informam que 49% dos empregos do Japão poderiam ser substituídos por máquinas, ao mesmo tempo em que novas necessidades exigem pessoal especializado, provocando também a elevação das suas remunerações. Como no Japão os funcionários públicos e privados são considerados pouco eficientes, haveria uma nova polarização na sua economia.

Em todo o mundo desenvolvido exige-se uma mudança no sistema de previdência social e atendimentos sociais neste processo de ajuste rápido da economia. A noção da segurança social altera-se radicalmente, necessitando-se neutralizar a possível aversão à tecnologia, segundo o artigo. O preparo para esta nova situação não se prende somente ao mundo desenvolvido e também nos emergentes, como o Brasil, este processo pode chegar mais rápido do que se imagina.



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