Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas Energéticos Brasileiros

9 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001Ainda que o Brasil disponha de fontes de energia de variadas origens, a falta de chuva, notadamente na região do Vale do São Francisco, as elevações dos preços do petróleo com as dificuldades na Arábia Saudita e as alienações de gerações e transmissões para investimentos chineses acumulam alguns problemas que merecem uma atenção mais cuidadosa.

Represa de Sobradinho no Rio São Francisco no nível mais baixo desde a sua construção

Ainda que o Brasil seja um dos países mais privilegiados em termos de fontes de energia elétrica no mundo, a coincidência de alguns problemas cria uma situação preocupante sobre o seu abastecimento. O rio São Francisco está com seus níveis mais baixos, a falta de recursos para investimentos forçam a alienação de gerações e transmissões para grupos estrangeiros como os da China e o preço do petróleo começa a subir com os problemas no Oriente Médio, notadamente na Arábia Saudita, que tende a se ampliar por outros países produtores de petróleo, provocando já uma elevação dos seus preços. Na falta de água, o Brasil costuma acionar suas usinas termoelétricas que consomem derivados de petróleo.

A região Centro-Sul do Brasil, que é a maior consumidora de energia elétrica, conta com água suficiente para suas represas, permitindo que Itaipu abra suas comportas. As precipitações na Amazônia ainda são razoáveis, mas o Vale do São Francisco sempre desempenhou um papel estratégico e está sofrendo uma das suas piores secas. As chuvas que voltaram para a região ainda terão que continuar por muito tempo para recuperar parte das reservas das represas, como de Sobradinho.

As alienações de parte das gerações e transmissões de energia elétrica para as regiões de maior consumo, notadamente para os chineses, merecem cuidados. Com as privatizações, as tendências continuarão sendo de elevação dos seus custos e, nos momentos críticos, ainda continuarão a ser utilizados combustíveis poluentes, o que depende do governo.

Na região Sul do País, o excesso de águas já exige aumentar as liberações pelas comportas existentes, sem a geração de energia elétrica adicional. Existem, portanto, muitas medidas que exigem uma providência ágil do governo para a administração de todos estes complexos.



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